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ZINCO- textos e links
Fontes
As melhores fontes de zinco são os elementos ricos em proteínas como o peixe e a carne. Os alimentos mais ricos em zinco são as ostras e os arenques.
Os vegetarianos não serão obrigatoriamente deficientes. Uma alimentação rica em cereais de grão inteiro e leite poderá ser suficiente. Deve-se ter presente que os grãos contêm fibra e fitatos que quelatam o zinco dificultando a sua absorção. Neste caso cerca de 30% do zinco é absorvido. No pão levedado este efeito é muito menor porque a levedação destroi os fitatos.
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Milligrams (mg) per serving
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Percent DV*
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Oysters, cooked, breaded and fried, 3 ounces
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74.0
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493
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Beef chuck roast, braised, 3 ounces
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7.0
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47
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Crab, Alaska king, cooked, 3 ounces
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6.5
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43
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Beef patty, broiled, 3 ounces
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5.3
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35
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Breakfast cereal, fortified with 25% of the DV for zinc, ¾ cup serving
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3.8
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25
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Lobster, cooked, 3 ounces
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3.4
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23
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Pork chop, loin, cooked, 3 ounces
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2.9
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19
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Baked beans, canned, plain or vegetarian, ½ cup
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2.9
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19
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Chicken, dark meat, cooked, 3 ounces
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2.4
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16
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Yogurt, fruit, low fat, 8 ounces
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1.7
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11
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Cashews, dry roasted, 1 ounce
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1.6
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11
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Chickpeas, cooked, ½ cup
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1.3
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9
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Cheese, Swiss, 1 ounce
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1.2
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8
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Oatmeal, instant, plain, prepared with water, 1 packet
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1.1
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7
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Milk, low-fat or non fat, 1 cup
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1.0
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7
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Almonds, dry roasted, 1 ounce
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0.9
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6
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Kidney beans, cooked, ½ cup
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0.9
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6
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Chicken breast, roasted, skin removed, ½ breast
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0.9
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6
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Cheese, cheddar or mozzarella, 1 ounce
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0.9
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6
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Peas, green, frozen, cooked, ½ cup
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0.5
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3
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Flounder or sole, cooked, 3 ounces
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0.3
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2
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Necessidades
As necessidades em zinco estão indicadas no quadro seguintr
Necessidades diárias em zinco
Idade
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Quantidade (mg/dia)
H M
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0-3 anos
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3
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4-8 anos
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5
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9-13 anos
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8
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> 14
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11 8
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Gravidez e lactação
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12
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Absorção
A absorção do zinco varia com o seu teor na alimentação sendo de cerca de 50% quando ela é pobre em zinco e de 25% quando é rica. A absorção faz-se no intestino delgado, principalmente no duodeno, pela acção da metalotionenina.
Transporte
A maior parte do zinco encontra-se no plasma ligado a proteínas das quais a albumina representa 2/3 do zinco total. Uma pequena fracção está fracamente ligada a aminoácidos. O zinco associado a aminoácidos é transportado para os rins e filtrado pelos glomerulos. A maior parte do zinco filtrado é reabsorvido.
Metalotioneina
A metalotioneina é uma pequena proteína que se liga ao cobre, zinco e a alguns metais pesados. O seu peso molecular é de 7000 e contém 60 aminoácidos dos quais 20 são resíduos de cisteina. Os 20 grupos sulfidrilico da cisteina podem-se ligar a 7 iões metálicos bivalentes, ferro ou cobre.
A sua síntese no intestino é estimulada por altos teores em zinco, sendo-o também pelo cobre, cádmio e mercúrio, evitando assim que estes metais alterem proteínas vitais ricas em cisteina.
Em geral a metalotionenina hepática contém principalmente zinco e a renal cobre e cádmio, quando presente.
A indução da síntese de metalotioneina resulta da ligação do metal a um factor de transcrição especial com o peso molecular de 105 kD e sua posterior ligação a um promotor situado próximo do gene da metalotioneina.
Função
Enzimas
Enzima
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Acção
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Anidrase carbónica
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Interconversão CO2-bicarbonato
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Álcool deidrogenase
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Catabolismo do álcool
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Fosfatase alcalina
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Hidrólise de grupos fosfato
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Carboxipeptidases
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Digestão de proteínas
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Enzima conversor da angiotensina
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Conversão do angiotensinogénio em angiotensina
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Superóxido dismutase citoplásmica
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Remoção do oxigénio
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ALA deidrase
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Síntese do heme
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Esfingomielinase
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Hidrólise da esfingomielina
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Proteína quinase C
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Transmissão do sinal
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Galactosil transferase
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Síntese da lactose
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Frutose l,6-bisfosfatase
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Neoglicogenese
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5-Nucleotidas
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Cisão do fosfato dos nucleosido 5-monofosfatos
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Enzima editor de mRNA
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Alteração do mRNA da apo B-100 para codificar a B-48
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Poli-(ADP-ribose) polimerase
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Resposta a lesões do DNA
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Glioxalase
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Metabolismo do ácido glioxílico
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Outras proteínas
Proteínas
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Acção
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Vesículas secretórias de insulina
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Armazenamento de insulina
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Vesículas contendo catecolaminas
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Armazenamento de catecolaminas
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Componente 9 do complemento
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Sistema imune
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Timulina
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Hormona do sistema imune
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Factores de transcrição Spp1 e THFIIIA
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Receptores para androgeneos, hormonas esteróides, ácido retinoico, vitamina D
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RAF
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Sinalização celular
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HRS
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Endocitose
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O zinco liga-se às proteínas através dos resíduos de cisteina e histidina e mais raramente de glutamato ou aspartato. Nos enzimas o zinco pode ter um papel catalítico actuando como coenzima ou estrutural. A carboxipeptitase A contém dois átomos de zinco, um ligado à cisteina e histidina actuando como coenzima e outro ligado apenas à costeina tendo uma acção estrutural.
Nalguns factores de transcrição e nalguns enzimas envolvidos no metabolismo do DNA identificou-se uma sequência especial de aminoacidos contendo cisteina e histidina. Esta sequência tem cerca de 30 aminoácidos ligados a um átomo de zinco. Como a sua estrutura se assemelha a uma salsicha ou a um dedo deu-se-lhe o nome de dedos de zinco, sendo o átomo de zinco necessário para ligar a proteína ao DNA.
Como as hormonas sexuais (androgeneos e estrogeneos) necessitam de dedos de zinco tentou-se explicar por esta via os defeitos reprodutivos observados na deficiência em zinco.
Excreção de zinco
A maior parte do zinco é excretado pela bílis e eventualmente pelas fezes. Cerca de 1mg/di das secreções pancreáticas, valor este que se mantém mesmo na deficiência em zinco.
Patologia
A deficiência em zinco é pouco frequente nos países ocidentais. Pode observar-se em situações de má absorção intestinal como cirrose alcoólica, doença de Crohn ou doença celíaca. Os sinais mais frequentes são rash na face, mãos pés e virilha, diarreia e alopecia que passam com a administração de zinco. Outros sintomas associados com a deficiência em zinco são atraso na cicatrização das feridas, perda de acuidade do olfacto e paladar e funcionamento deficiente do sistema imunitário.
Em zonas rurais do Médio Oriente descreveu-se uma deficiência em zinco causada por uma alimentação limitada quase exclusivamente ao pão não levedado. Deve-se à riqueza em ácido fitico do pão não levedado pois as leveduras têm uma fosfatase que destroi o fitato.
LINKS
Textos
Neurobiologia
Deficiencia
Suplementos
Toxicidade
VANADIO- Textos e links
Há ainda actualmente alguma duvida se é essencial para o homem.
Química
É um elemento raro, mas está amplamente distribuído na natureza. Os estados de oxidação mais comuns são os 3, 4 e 5.
Fontes. Necessidades
Encontra-se amplamente distribuído nos alimentos mas em pequenas quantidades. Os alimentos elaborados são mais ricos em vanadio. P.ex. o leite fresco contém 1,l u g/kg e o leite em pó 25.
As fontes mais ricas são as gorduras e os vegetais. Tambem se encontra em cereais, nozes, carne e peixe
Avaliam-se as suas necessidades em 1-2 ug/dia.
Absorção. Distribuição. Excreção
Só 1% é absorvido no tracto gastro-intestinal. Cerca de 95% do vanadio é transportado pelo sangue como vanadilo ligado à transferrina. A sua distribuição nos tecidos é reduzida sendo mais abundante no fígado, rins e pulmões.
Funções
É inibidor da Na-K-ATPase. Também se descreveram acções sobre outras ATP ases.
Toxicidade
A sua toxicidade varia conforme a natureza do composto, aumentando esta ao aumentar a valência. Entre os oxidos o pentoxido é mais solúvel e mais toxico que o trioxido ou o dioxido.
O seu grau de toxicidade também depende da via de administração. É alta quando injectado, média quando inalado e baixa quando ingerido.
LINKS
Textos
Suplementos
Toxicidade
SILICIO- Textos e links
Química
O silício é abundante no reino mineral não na forma livre mas formando compostos com outros elementos, nomeadamente sílica (SiO2)
Fontes. Necessidades
O conteúdo de silício na agua pode ir de 2 a 30 ppm. O silício existe em todos os vegetais ricos em fibra e na casca de cereais. As farinhas refinadas provenientes de cereais integrais perdem a maior parte do silício. A sua existência é praticamente nula nos alimentos de origem animal.
Propuseram-se como necessidades diárias valores entre 5 e 20 mg.
Absorção. Transporte. Excreção
Só 1 a 5% é absorvido no intestino. É transportado pelo sangue ou na forma livre ou unido a proteínas plasmaticas. No organismo atinge a sua maior concentração na pele e faneras e a seguir por ordem decrescente na íntima arterial, ossos e tecidos ricos em proteínas fibrosas. A eliminação é feita pelas fezes e urina e pela renovação da pele e faneras.
Funções
Intervém na síntese e constituição do colageneo e elastina. Encontra-se também nas estruturas contendo glicosaminoglicanas.
É indispensável para a formação das estruturas fibrosas e da substancia fundamental da matriz orgânica. Provavelmente actua favorecendo a criação de ligações éter ou ester (R-O-Si-O-R) favorecendo conexões intermoleculares e a formação de estruturas fibrosas. Por outro lado o silício estimula os enzimas que catalisam as modificações post-translaccionais do colageneo como a prolina-hidroxilase, a hidroxilgalactosilase, a glicosiltransferase e a lisiloxidase.
Toxicologia
A exposição laboral ao pó de silício provoca a silicose.
LINKS
LINKS
Silicio nos alimentos
Suplementos
MANGANÊS- Textos e links
Química
Em biologia as formas mais activas são as bi e trivalente. A seguir ao ferro e ao estanho é o metal de transição mais ubíquo. É muito utilizado na industria
Fontes. Necessidades
A alimentação normal contém entre 2 e 9 mg/dia. Os alimentos mais ricos são os vegetais, nomeadamente cereais e os legumes. Esta riqueza deve-se a estarem ligados à segunda cadeia transportadora de electrões na fotosintese e pertencerem à estrutura da clorofila.
A carne e o leite são pouco ricos.
As doses recomendadas são para os adultos 2 a 5mg e para as crianças 0,3 a 1, conforme a idade. As necessidades não aumentam na gravidez e na lactação. Ingestões acima de 8-9 mg são toxicas.
Nos EUA o consumo médio é de 2mg/dia. Os vegetarianos podem atingir 11 mg
Absorção
A absorção é feita no intestino delgado por transporte activo. No recemnascido a absorção é de 99% mas desce a 55% no adulto. A sua biodisponibilidade é aumentada pela vitamina C e alimentação rica em carne e diminuida pela fibra, ferro, magnésio e cálcio.
Tambem pode ser absorvido nos pulmões por inalação. A captação pulmonar depende do tamanho das particulas, pois as maiores são eliminadas pelo sistema mucociliar.
Distribuiçãoo
25% está depositado no osso e em menor quantidade no fígado, músculos e intestinos.
Transporte
É transportado para o fígado na forma bivalente ligado a uma a-2 macroglobulina. Depois de captado oxida-se na forma trivalente e vai para a circulação geral onde se liga à transferrina,a-2-macroglobulina, albumina e possivelmente a uma transmanganina. Nos eritrocitos liga-se a uma porfirina.
Excreção
A maior parte do manganês ingerido é excretado pela bilis para posteriormente ser eliminado pelas fezes.
Funções
O manganês faz parte da constituição de vários enzimas
Enzimas com manganês
Enzima Acção
Superoxido-dismutase Anti-oxidante
Fosfoenolpiruvato-carboxilase Neoglicogenese
Piruvato carboxilase Neoglicogenese
Arginase Ureogenese
Glicosiltransferases Proteoglicanas (cartilagem e osso)
Prolinase Prolina ( colagenio)
A sua presença nestes enzimas explica as seguintes acções:
¨ Através da superoxido dismutase tem uma acção importante na destruição de radicais livres, sendo assim antioxidante
¨ Pelos seus enzimas neoglicogénicos participa na homeostase da glicose, a que se deve acrescentar a libertação de granulos de insulina.
¨ Através das glicosiltransferases intervêm na formação da cartilagem e do osso.
¨ A prolina é necessária para a sintese do colagénio, o que explica a sua acção na cicatrização das feridas. Na deficiencia em prolidase há uma cicatrização anormal e uma alteração do metabolismo do manganês.
Deficiencia
Foi descrito em animais tolerancia diminuida à glicose e anomalias esqueleticas. No homem há poucos casos descritos. Uma criança em alimentação parenterica prolongada teve desmineralização óssea prolongada e tolerancia à glicose diminuida
Toxicidade
Inalação
Passa-se nas fábricas de ferro e aço. O manganês inalado é transportado directamente para o cerebro antes de ser metabolizado no figado, pelo que se observam manifestações neurológicas que nas formas mais graves têm sinais semelhantes à doença de Parkinson.
MMT
O MMT (Methylcyclopentadienyl Manganese Tricarbonyle) é um aditivo da gasolina que pode ser inalado ou contaminar a água. O seu efeito não está bem estudado.
Ingestão
Há evidencia limitada sobre os efeitos neurologicos de águas contaminadas. Conhecem-se alguns casos em águas contaminadas com baterias secas.
Há alguns casos produzidos pelo excesso de suplementos ou de tratamentos herbais
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Manganês nos alimentos
Suplementos
Toxicologia