quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

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ZINCO- textos e  links

Fontes

As melhores fontes de zinco são os elementos ricos em proteínas como o peixe e a carne. Os alimentos mais ricos em zinco são as ostras e os arenques.
Os vegetarianos não serão obrigatoriamente deficientes. Uma alimentação rica em cereais de grão inteiro e leite  poderá ser suficiente. Deve-se ter presente que os grãos contêm fibra e fitatos que quelatam o zinco dificultando a sua absorção. Neste caso cerca de 30% do zinco é  absorvido. No pão levedado este efeito é muito menor porque  a levedação destroi os fitatos.


Milligrams (mg)
per serving
Percent DV*
Oysters, cooked, breaded and fried, 3 ounces
74.0
493
Beef chuck roast, braised, 3 ounces
7.0
47
Crab, Alaska king, cooked, 3 ounces
6.5
43
Beef patty, broiled, 3 ounces
5.3
35
Breakfast cereal, fortified with 25% of the DV for zinc, ¾ cup serving
3.8
25
Lobster, cooked, 3 ounces
3.4
23
Pork chop, loin, cooked, 3 ounces
2.9
19
Baked beans, canned, plain or vegetarian, ½ cup
2.9
19
Chicken, dark meat, cooked, 3 ounces
2.4
16
Yogurt, fruit, low fat, 8 ounces
1.7
11
Cashews, dry roasted, 1 ounce
1.6
11
Chickpeas, cooked, ½ cup
1.3
9
Cheese, Swiss, 1 ounce
1.2
8
Oatmeal, instant, plain, prepared with water, 1 packet
1.1
7
Milk, low-fat or non fat, 1 cup
1.0
7
Almonds, dry roasted, 1 ounce
0.9
6
Kidney beans, cooked, ½ cup
0.9
6
Chicken breast, roasted, skin removed, ½ breast
0.9
6
Cheese, cheddar or mozzarella, 1 ounce
0.9
6
Peas, green, frozen, cooked, ½ cup
0.5
3
Flounder or sole, cooked, 3 ounces
0.3
2
* DV = Daily ValueRecommended Intakes

Necessidades

As necessidades em zinco estão indicadas no quadro seguintr


Necessidades diárias em zinco

Idade
Quantidade (mg/dia)
H        M
0-3 anos
3
4-8 anos
5
9-13 anos
8
> 14
        11       8
Gravidez e lactação
                  12

Absorção

A absorção do zinco varia com o seu teor na alimentação sendo de cerca de 50% quando ela é pobre em zinco e de 25% quando é rica. A absorção faz-se no intestino delgado, principalmente no duodeno, pela acção da metalotionenina.

Transporte

A maior parte do zinco encontra-se no plasma ligado a proteínas das quais a albumina representa 2/3 do zinco total. Uma pequena fracção está fracamente ligada a aminoácidos. O zinco associado a aminoácidos é transportado para os rins e filtrado pelos glomerulos. A maior parte do zinco filtrado é reabsorvido.

Metalotioneina

A metalotioneina é uma pequena proteína que se liga ao cobre, zinco e  a alguns metais pesados. O seu peso molecular é de 7000 e contém 60 aminoácidos  dos quais 20 são resíduos de cisteina. Os 20 grupos sulfidrilico da cisteina podem-se ligar a 7 iões metálicos bivalentes, ferro ou cobre.
A sua síntese no intestino é estimulada por altos teores em zinco, sendo-o também pelo cobre, cádmio e mercúrio, evitando assim que estes metais  alterem proteínas vitais ricas em cisteina.
Em  geral a metalotionenina hepática contém principalmente zinco e a renal cobre e cádmio, quando presente.
A indução da síntese de metalotioneina resulta da ligação do metal a um factor de transcrição especial com o peso molecular de 105 kD e sua posterior ligação a um promotor situado próximo do gene da metalotioneina.

Função

Enzimas

Enzima
Acção
Anidrase carbónica
Interconversão CO2-bicarbonato
Álcool deidrogenase
Catabolismo do álcool
Fosfatase alcalina
Hidrólise de grupos fosfato
Carboxipeptidases
Digestão de proteínas
Enzima conversor da angiotensina
Conversão do angiotensinogénio em angiotensina
Superóxido dismutase citoplásmica
Remoção do oxigénio
ALA deidrase
Síntese do heme
Esfingomielinase
Hidrólise da esfingomielina
Proteína quinase C
Transmissão do sinal
Galactosil transferase
Síntese da lactose
Frutose l,6-bisfosfatase
Neoglicogenese
5-Nucleotidas
Cisão do fosfato dos nucleosido 5-monofosfatos
Enzima editor de mRNA
Alteração do mRNA da apo B-100 para codificar a B-48
Poli-(ADP-ribose) polimerase
Resposta a lesões do DNA
Glioxalase
Metabolismo do ácido glioxílico





Outras proteínas

Proteínas
Acção
Vesículas secretórias de insulina
Armazenamento de insulina
Vesículas contendo catecolaminas
Armazenamento de catecolaminas
Componente 9 do complemento
Sistema imune
Timulina
Hormona do sistema imune
Factores de transcrição Spp1 e THFIIIA
Receptores para androgeneos, hormonas esteróides, ácido retinoico, vitamina D
RAF
Sinalização celular
HRS
Endocitose


O zinco liga-se às proteínas através dos resíduos de cisteina e histidina e mais raramente de glutamato ou aspartato. Nos enzimas o zinco pode ter um papel catalítico actuando como coenzima ou estrutural. A carboxipeptitase A contém dois átomos de zinco, um ligado à cisteina e histidina actuando como coenzima e outro ligado apenas à costeina tendo uma acção estrutural.
Nalguns factores de transcrição e nalguns enzimas envolvidos no metabolismo do DNA identificou-se uma sequência especial de aminoacidos contendo cisteina e histidina. Esta sequência tem cerca de 30  aminoácidos ligados a um átomo de zinco. Como a sua estrutura se assemelha a uma salsicha ou a um dedo deu-se-lhe o nome de dedos de zinco, sendo o átomo de zinco necessário para ligar a proteína ao DNA.
Como as hormonas sexuais (androgeneos e estrogeneos) necessitam de dedos de zinco tentou-se explicar por esta  via os defeitos reprodutivos observados na deficiência em zinco.

Excreção de zinco

A maior parte do zinco é excretado pela bílis e eventualmente pelas fezes. Cerca de 1mg/di das secreções pancreáticas, valor este que se mantém mesmo na deficiência em zinco.

Patologia

A  deficiência em zinco é pouco frequente nos países ocidentais. Pode observar-se em situações de má absorção intestinal como cirrose alcoólica, doença de Crohn ou doença celíaca. Os sinais mais frequentes são rash na face, mãos pés e virilha, diarreia e alopecia que passam com a administração de zinco. Outros sintomas associados com a deficiência em zinco são atraso na cicatrização das feridas, perda de acuidade do olfacto e paladar  e funcionamento deficiente do sistema imunitário.
Em zonas rurais do Médio Oriente descreveu-se uma deficiência em zinco causada por uma alimentação limitada quase exclusivamente ao pão não levedado. Deve-se à riqueza em ácido fitico do pão  não levedado pois as leveduras têm uma fosfatase que destroi o fitato.

VANADIO- Textos e links

Há ainda actualmente alguma duvida se é essencial para o homem.

Química

É um elemento raro, mas está amplamente distribuído na natureza. Os estados de oxidação mais comuns são os 3, 4 e 5. 

Fontes. Necessidades

Encontra-se amplamente distribuído nos alimentos mas em pequenas quantidades. Os alimentos elaborados são mais ricos em vanadio. P.ex. o leite fresco contém 1,l u g/kg e o leite em pó 25.
As fontes mais ricas são as gorduras e os vegetais. Tambem se encontra em cereais, nozes, carne e peixe
Avaliam-se as suas necessidades em 1-2 ug/dia.

Absorção. Distribuição. Excreção

Só 1% é absorvido no tracto gastro-intestinal. Cerca de 95% do vanadio é transportado pelo sangue como vanadilo ligado à transferrina. A sua distribuição nos tecidos é reduzida sendo mais abundante no fígado, rins e pulmões.

Funções

É inibidor da Na-K-ATPase. Também se descreveram acções sobre outras ATP ases.

Toxicidade

A sua toxicidade varia conforme a natureza do composto, aumentando esta ao aumentar a valência. Entre os oxidos o pentoxido é mais solúvel e mais toxico que o trioxido ou o dioxido.
O seu grau de toxicidade também depende da via de administração. É alta quando injectado, média quando inalado e baixa quando ingerido.
LINKS

Textos


Suplementos
Toxicidade


SILICIO- Textos e links

Química

O silício é abundante no reino mineral não na forma livre mas formando compostos com outros elementos, nomeadamente sílica (SiO2)

Fontes. Necessidades

O conteúdo de silício na agua pode ir de 2 a 30 ppm. O silício   existe em todos os vegetais ricos em fibra e na casca de cereais. As farinhas refinadas provenientes de cereais integrais perdem a maior parte do silício. A  sua existência é praticamente nula nos alimentos de origem animal.
Propuseram-se como necessidades diárias valores entre 5 e 20 mg.

Absorção. Transporte. Excreção

Só 1 a 5% é absorvido no intestino. É transportado pelo sangue ou na forma livre ou unido a proteínas plasmaticas. No organismo atinge a sua maior  concentração na pele e faneras e a seguir por ordem decrescente na íntima arterial, ossos e tecidos ricos em proteínas fibrosas.  A eliminação é feita pelas fezes e urina e pela renovação da pele e faneras.

Funções

Intervém na síntese e constituição do colageneo e elastina. Encontra-se também nas estruturas contendo glicosaminoglicanas.
É indispensável para a formação das estruturas fibrosas e da substancia fundamental da matriz orgânica. Provavelmente actua favorecendo a criação de ligações éter ou ester (R-O-Si-O-R) favorecendo conexões intermoleculares e a formação de estruturas fibrosas. Por outro lado o silício estimula os enzimas que catalisam as modificações post-translaccionais do colageneo como a prolina-hidroxilase, a hidroxilgalactosilase, a glicosiltransferase e a lisiloxidase.

Toxicologia

A exposição laboral ao pó de silício provoca a silicose.

LINKS

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Silicio nos alimentos
Suplementos

MANGANÊS- Textos e links

Química

Em biologia as formas mais activas são as bi e trivalente. A seguir ao ferro e ao estanho é o metal de transição mais ubíquo. É muito utilizado na industria

Fontes. Necessidades

A alimentação normal contém entre 2 e 9 mg/dia. Os alimentos mais ricos são os vegetais, nomeadamente cereais e os legumes. Esta riqueza deve-se a estarem ligados à segunda cadeia transportadora de electrões na fotosintese e pertencerem à estrutura da clorofila.
A carne e o leite são pouco ricos.
As doses recomendadas são para os adultos 2 a 5mg e para as crianças 0,3 a 1, conforme a  idade. As  necessidades não aumentam na gravidez e na lactação. Ingestões acima de 8-9 mg são toxicas.
Nos EUA  o consumo médio é de 2mg/dia. Os vegetarianos podem atingir 11 mg
Absorção
A absorção é feita no intestino delgado por transporte activo. No recemnascido a absorção é de 99% mas desce a 55% no adulto. A sua biodisponibilidade é aumentada pela vitamina C e alimentação rica em carne e diminuida  pela fibra, ferro, magnésio e cálcio.
Tambem pode ser absorvido nos pulmões por inalação. A captação pulmonar depende do tamanho das particulas, pois as maiores são eliminadas pelo sistema mucociliar.     

Distribuiçãoo

25% está depositado no osso e em menor quantidade no fígado, músculos e intestinos.

Transporte

É transportado para o fígado na forma bivalente ligado a uma a-2 macroglobulina. Depois de captado oxida-se na forma trivalente e vai para a circulação geral onde se liga à transferrina,a-2-macroglobulina, albumina e possivelmente a uma transmanganina. Nos eritrocitos liga-se a uma porfirina.

Excreção

A maior parte do manganês ingerido é excretado pela bilis para posteriormente ser eliminado pelas fezes.

Funções

O manganês faz  parte da constituição de vários enzimas


Enzimas com manganês

Enzima                                   Acção

Superoxido-dismutase              Anti-oxidante
Fosfoenolpiruvato-carboxilase Neoglicogenese
Piruvato carboxilase                  Neoglicogenese
Arginase                                    Ureogenese
Glicosiltransferases                    Proteoglicanas (cartilagem e osso)
Prolinase                                    Prolina ( colagenio)

A sua presença nestes enzimas explica as seguintes acções:
¨      Através da superoxido dismutase tem uma acção importante na destruição de radicais livres, sendo assim antioxidante
¨      Pelos seus enzimas neoglicogénicos participa na homeostase da glicose, a que se deve acrescentar a libertação de granulos de insulina.
¨      Através das glicosiltransferases intervêm na formação da cartilagem e do osso.
¨      A prolina é necessária para a sintese do colagénio, o que explica a sua acção na cicatrização das feridas. Na deficiencia em prolidase há uma cicatrização anormal e uma alteração do metabolismo do manganês.

Deficiencia

Foi descrito em animais  tolerancia diminuida à glicose e anomalias esqueleticas. No homem há poucos casos descritos. Uma criança em alimentação parenterica prolongada teve desmineralização óssea prolongada e tolerancia à glicose diminuida

Toxicidade

Inalação

Passa-se nas fábricas de ferro e aço. O manganês inalado é transportado directamente para o cerebro antes de ser metabolizado no figado, pelo que se observam manifestações neurológicas que nas formas mais graves têm sinais semelhantes à doença de Parkinson.                                    

MMT

O MMT (Methylcyclopentadienyl Manganese Tricarbonyle) é um aditivo da gasolina que pode ser inalado ou contaminar a água. O seu efeito não está bem estudado.

Ingestão

Há evidencia limitada sobre os efeitos neurologicos de águas contaminadas. Conhecem-se alguns casos em águas contaminadas com baterias secas.
Há alguns casos produzidos pelo excesso de suplementos ou de tratamentos herbais

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Manganês nos alimentos
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