sexta-feira, 28 de junho de 2019

Ateroesclerose.Dislipemias




ATEROESCLEROSE

Textos



Anatomia patológica. Evolução das lesões

Epidemiologia

Factores de risco

Ateroesclerose das coronárias

Ateroesclerose das carótidas

Ateroesclerose e diabetes
Doença arterial periférica

Imagiologia

Prevenção

Rins e ateroesclerose

Alguns números
Nos Estados Unidos a doença coronária é a maior causa de morte
No período de 2011-2014 nos Estados Unidos morreram  614.438 pessoas conta 591. 699 de cancro(https://www.cdc.gov/nchs/products/databriefs/db254.htm)
Em Portugal os números não são muito diferentes – 341 para as doenças cardiovasculares e 215 para o cancro. Os acidentes constituem apenas 22 por mil.
Nas mulheres pré- menopausicas a incidência de morte cardiovascular é muito menor, aumentando após a menopausa

A incidência aumenta com a idade

Até hoje 15.800.000 americanos tiveram  doença coronária, correspondendo a 1/3 das mortes em idades superiores a 35 anos.

Causas

A que atribuir esta situação catastrófica?

Poderemos considerar:
  • Factores genéticos
  • Aumento do consumo de glúcidos de absorção rápida, como a sacarose, em prejuízo do consumo de fibra
  • Aumento do consumo de lípidos, particularmente de saturados
  • Consumo exagerado de sal
  • Aumento do consumo de comida pré-preparada em geral rica  em lipidos saturados
  • Consumo de bebidas gasosas, ricas em sódio
  • Alimentação colectiva não respeitando conceitos nutricionais correctos
  • Consumo exagerado de álcool
  • Tabagismo
  • Vida sedentária
  • Stress

Ateroesclerose e nível de vida
A incidência de doenças cardiovasculares está associada ao nível da vida tendo sido possível relacionar o produto nacional bruto com a mortalidade coronária
Quais os principais erros alimentares dos países desenvolvidos?
  • Aumento do consumo de sacarose
  • Diminuiçao do consumo de fibra
  • Aumento do consumo de ácidos gordos saturados
  • Consumo excessivo de sal
  • Aumento do consumo de gelados e refrigerantes
  • Maior consumo de álcool e tabaco
  • Alimentaçao colectiva
Analisando a população americana concluiu-se que
  • 19% dos homens e 15% das mulheres são fumadotrds
  • 1/3 dois americanos não faz actividade física
  • 69% dos adultos e 32% das crianças têm excesso de peso
  • 43% tem colesterol superior a 200 mg
  • 33% s~so hipertensos
  • 9% são diabéticos e b35& prediabeticos
A importância dos factores nutricionais reflete-se claramente nas populações migrantes. Por exemplo os japoness emigrados nos Estados Unidos têm colesterol  muito mais elevado


FACTORES DE RISCO


Conceitos

A ateroesclerose é uma doença multifactorial – é devida à acumulação de factores de risco.

Factor de risco  indica qual o aumento de susceptibilidade à doença causado por um determinado agente.
Exprime-se em termos de risco relativo coeficiente exprimindo o aumento de risco que um determinado agente pode causar numa pessoa em relação a outra considerada normal.
Quanto mais factores de risco, maior será o risco de incidência da doença (Quadro 2.I).


Quadro 2.I
Número de factores de risco e doença coronária
___________________________________________
                                             Número de factores           % de incidência
1                                                                      11
2                                                                      20
3                                                                      25
4                                                                      77

A associação de factores  de risco aumenta a incidência. No quadro 2.II indicamos os riscos da associação hipertensão – colesterol.





Principais factores de risco
Endógenos

Influenciáveis:
Dislipémias
Colesterol
Hipertensão
Obesidade

Não influenciáveis:
Idade
Sexo
Factores genéticos

Estilo de vida
Alimentação
Tabagismo
Actividade física
Stress

Doenças
Diabetes

Hipertensão


Prevalência

Nos Estados Unidos em 2005 havia 73 milhões de hipertensos
Quanto mais elevada for a hipertensão, maior será a incidência de doença coronária .
Considera-se normal uma pessoa que tenha uma pressão diastólica inferior a 8,5 e uma sistólica inferior a 13. A partir daí há hipertensão, considerando-se vários graus de gravidade .


Graus de hipertensão

    Classificação         Diastólica       Sistólica

                                          Normal                    »8,5                «13
                                          Borderline              8,5-8,9           13-13,9
                                          Moderada                9-9,9             14-14,9
                                          Grave                     10-10,9          15-15,9
                                          Muito grave             » 11                »16




A hipertensão aumenta com a idade
Até aos 45 anos a hipertensão é mais frequente no homem que na mulher. Entre os 45 e 64 os valores igualam-se. A partir dos 65 é mais frequente na mulher 
Nas mulheres tomando contraceptivos orais a hipertensão é mais  frequente
A hipertensão está relacionada com a raça – é muito mais prevalente na raça negra


Hipertensão e obesidade

A obesidade está relacionada com a hipertensão(fig. 2.6) e desce  com  a redução do peso 
Fig. 2.6 -Relações da hipertensão com a obesidade

Sal e hipertensão
Muitos estudos epidemiológicos relacionam a prevalência da hipertensão no mundo ocidental com o consumo de sal.
Argumentos relacionando o consumo de sal com a hipertensão
  • Nas populações em que não há hipertensão o consumo de sal é inferior a 5gr /dia
  • A prevalência da hipertensão está relacionada com o consumo de sódio
  • No sangue e células de muitos hipertensos o sódio está aumentado
  • A restrição de sódio baixa a tensão
  • Há estirpes de animais hipertensos em que a restrição de sódio baixa a tensão
No mundo ocidental o consumo de sal é o dobro do recomendado
Um estudo recente mostra que em Portugal o consumo de sal é de 12g/dia em vez dos 5 recomendados


Causas do consumo de sal:

  • Palatabilidade
  • Conservação de alimentos
  • Charcuteria e enchidos
  • Comida enlatada
  • Glutamato
  • Queijo
  • Aguas gasosas
  • Refrigerantes
  • Comprimidos efervescentes

Para dar um exemplo 200g. de pão, 1 litro de água gasosa e 100g. de presunto equivalem a 20g. de sal


Sensibilidade ao sal

Nem todas as pessoas respondem da mesma maneira a um consumo elevado de sal. A resposta ao sal a resposta é muito mais elevada na raça negra.
Pensa-se que cerca de 17% dos brancos é sensível ao sal
Esta sensibilidade parece dever-se ao não funcionamento da bomba de sódio provocando um aumento do sódio intracelular com aumento da resistência periférica .


Colesterol

O colesterol deve ser o factor de risco mais conhecido e mais bem estudado.

Argumentos

  • O colesterol encontra-se na placa de ateroma
  • É possível provocar ateroesclerose em animais pela administração de dietas ricas em colesterol
  • Estudos genéticos mostraram na hipercolesterolémia familiar homozigótica uma relação directa entre hipercolesterolémia e morte coronária prematura
  • Inúmeros estudos de prevenção primária e secundária mostram resultados concludentes


Acção sobre os lipidos:
 Nos fumadores os triglicéridos estão aumentados e as HDL diminuídas 

Há alterações estruturais das HDL e VLDL e baixa das HDL2. e não há aumento de HDL após o exercício.
O tabagismo aumenta o fibrinogénio que normaliza com a cessação de fumar.

O fumo de cigarros inibe a bomba de sódio, aumentando a sensibilidade ao sal.

Tabagismo


Epidemiologia

Embora estejam demonstradas as relações entre tabagismo e cancro do pulmão, a doença cardiovascular é a maior causa de  morte nos  fumador

O tabaco é fumado em todos os continentes mas com diferenças nas quantidades e na distribuição pelos sexos


Smoking prevalence by gender

Percent smoking
Region
Men
Women
29
4
35
22
Eastern Mediterranean
35
4
46
26
44
4
60
8


aConsumo de tabaco em Portugal






Fisiopatologia

Nicotina:

  • Libertação de catecolamina
  • Acção  obre os quimioreceptores
  • Acções inotrópica e cronotrópica positiva
  • Lesão do endotélio
  • Proliferação do conjuntivo arterial

Monóxido de carbono

O monóxido de carbono forma-se por combustão incompleta dos compostos orgânicos do tabaco, aparecendo no sangue como carboxihemoglobina. A formação de CO é menor nos fumadores de charutos e de cachimbo.
A maior parte dos fumadores tem carboxihemoglobina elevada (fig 2.11).

fig. 2.11 -Tabagismo e carboxihemoglobina(% com valores superiores a 2,1%)


Este aumento de carboxihemoglobina tambem foi observado em macacos expostos a fumo de cigarros.
Os coelhos sujeitos a dieta aterogénica têm maior incidênciade ateroma quando expostos a CO. A exposição de artérias perfundidas ao CO aumenta a captação do colesterol.
A elevação do teor em  carboxihemoglobina provoca um desvio para a esquerda da curva de dissociação, reflectindo-se numa menor disponibilidade de oxigénio.





Acção sobre os lipidos:


Nos fumadores os triglicéridos estão aumentados e as HDL diminuídas 
Há alterações estruturais das HDL e VLDL e baixa das HDL2. e não há aumento de HDL após o exercício.
O tabagismo aumenta o fibrinogénio que normaliza com a cessação de fumar.
O fumo de cigarros inibe a bomba de sódio, aumentando a sensibilidade ao sal


Fumadores passivo

Os efeitos do CO reflectem-se não só nos fumadores mas tambem nos não fumadores quando colocados num ambiente fechado com fumadores.
Em ambientes não ventilados a carboxihemoglobina aumenta tanto nos fumadores como nos não fumam .
A concentração em hemoglobina numa sala não ventilada aumenta com o tempo de exposição 

fig.2.15 -Carboxihemoglobina numa sala não ventilada

Outros componentes

O tabaco tem muitos outros componentes cuja acção não é bem conhecida


Componentes do tabaco

Gases:

  • CO
  • CO2
  • Óxidos azotados
  • Amónia
  • Acroleina
  • Nitrosaminas voláteis
  • Compostos sulfurados voláteis
  • Ácido cianídrico
  • Nitritos
  • Hidrocarbonetos voláteis
  • Álcoois
  • Acetaldeido
  • Acetona
  • Acetonitrilo
  • Benzeno


Partículas:

  • Nicotina
  • Nitrosaminas não voláteis
  • Aminas aromáticas
  • Isoprenoides
  • Crisenos
  • Antracenos
  • Fluorantrenos
  • Aza-arenos carcinogénicos
  • Fenóis
  • Cresois
  • Naftois
  • Naftalenos


Obesidade


Avaliação

Têm-se proposto muitas fórmulas para apreciar a obesidade  relacionando o peso com a altura, sendo
a mais usada a de LORENZ:
P= A-10

Actualmente é utilizado universalmente o índice de massa corporal(peso em kg/ quadrado da altura em metros).
Utilizando este índice podemos distinguir quatro classes:
LEVE: 10´20
MODERADA: 20-25
INTRNSA: 25~100
MACISSA: 100 ou m

Para desvios ponderais  iguais as complicações são mais marcadas no homem devido às características diferentes de gordura – gordura andróide no homem e ginoide na mulher

No homem a distribuição da gordura é abdominal e os adipocitos são muito sensíveis à lipase com a consequente produção de ácidos gordos que se poderão transformar em triglicéridos.

Prevalência da obesidade

Obesidade em Portugal

                                     Idade    Excesso de peso        Obesidade

                                    18-24             7,7                           6,1
                                    25 -34           14,3                          9,8
                                    35-44            17,1                          13,7
                                    45- 54           25,3                          24,4
                                     65-74           24,2                          22,6
dados da D.G.S.(www.dgs.pt)

A obesidade aumenta com a idade.

Obesidade como factor de risco:

A esperança de visa é menor nos obesos, razão que levou as companhias de seguros a aumentar os prémios para os obesos.
O estudo de Framingham, correspondendo a um follow-up de 24 anos,mostra uma relação entre obesidade e doença coronária
Há uma relação entre  índice  corporal e gravidade da doença coronári

Esta relação deve-se à associação inerente da obesidade com outros factores de risco:
  • Já vimos as relações entre obesidade e hipertensão.
  • Auumento da resistencia à insulina
  • Aumento dos triglicéridos e diminuição do colesterol da
  • Aumento dos factores de coagulação, particularmente na obesidade andróide.

Diabetes
A mortalidade cardiovascular representa 75%daa causasc de morte, sendo maiot nas mulhrres

Diabete e lipoproteina
O papel da insulina no metabolismo das lipoproteinas parece srt 

A mortalidade cardiovascular representa 75%daa causasc de morte, sendo maiot

Diabete e lipoproteina
O papel da insulina no metabolismo das lipoproteinas parece ser independente dos seus efeitos ao nível da glicose. A insulina actua sobre a lipoproteina lipase e a LCAT.








Actividade física e sedentarismo

Sedentarismo
O risco de doença coronária é maior nos  sedentaerios






Macacos não sujeitos a exercício desenvolvem ateroesclerose.   

Um estudo feito nos Estados Unidos mostrou que  se deve fazer 30 minutos de actividade moderada 5 vezes por semana ou 20 minutos de actividade vigorosa 3 vezes por semana.


Tensões psico-sociais

O stress é um factor de risco importante particularmente em pessoas com comportamento tipo A – indivíduos com ambição, agressividade, competitividade e sentido de urgência do tempo.



DISLIPEMIAS
Informação geral
Textos


Informação especializada
Abetalipoproteinemia

Alimentação

Antioxidantes

Deficiencia em LCAT

HDL
Hiperlipemias
Hiperlipemia na diabetes

Hiperlipemia familiar combinada

Hiperlipemias secundarias

Hipercolesterolemia
Directorios
Textos

Hipercolesterolemia familiar

Hipertrigliceridemia

Hipertrigliceridemia e diabetes

Hipertrigliceridemia pediatrica

Hipolipemias

LDL
Calculador para colesterol das LDL

Lipoproteina (a)

Lipoproteina X

Oleos de peixe

Receptores das LDL

Sitosterolemia

Smith- Lemli- Opitz

Tangier

Tratamento da hipercolesterolemia

Estatinas

Acções secundarias
Atorvastatina
Crestor
Fluvastatina

Lescol
Ver Fluvastatina
Pravastatina
Rosuvastatina
Ver Crestor
Simvastatima
Zocor
Ver Simvastarina

VLDL


Xantelasmas

Xantomas




























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