ATEROESCLEROSE
Textos
Anatomia patológica. Evolução das lesões
Epidemiologia
Factores de risco
Ateroesclerose das coronárias
Ateroesclerose das carótidas
Ateroesclerose e diabetes
Doença arterial periférica
Imagiologia
Prevenção
Rins e ateroesclerose
Alguns números
Nos Estados Unidos a doença coronária é a maior causa de morte
No período de 2011-2014 nos Estados Unidos morreram 614.438 pessoas conta 591. 699 de cancro(https://www.cdc.gov/nchs/products/databriefs/db254.htm)
Em Portugal os números não são muito diferentes – 341 para as doenças cardiovasculares e 215 para o cancro. Os acidentes constituem apenas 22 por mil.
Nas mulheres pré- menopausicas a incidência de morte cardiovascular é muito menor, aumentando após a menopausa
A incidência aumenta com a idade
Até hoje 15.800.000 americanos tiveram doença coronária, correspondendo a 1/3 das mortes em idades superiores a 35 anos.
Causas
A que atribuir esta situação catastrófica?
Poderemos considerar:
- Factores genéticos
- Aumento do consumo de glúcidos de absorção rápida, como a sacarose, em prejuízo do consumo de fibra
- Aumento do consumo de lípidos, particularmente de saturados
- Consumo exagerado de sal
- Aumento do consumo de comida pré-preparada em geral rica em lipidos saturados
- Consumo de bebidas gasosas, ricas em sódio
- Alimentação colectiva não respeitando conceitos nutricionais correctos
- Consumo exagerado de álcool
- Tabagismo
- Vida sedentária
- Stress
Ateroesclerose e nível de vida
A incidência de doenças cardiovasculares está associada ao nível da vida tendo sido possível relacionar o produto nacional bruto com a mortalidade coronária
Quais os principais erros alimentares dos países desenvolvidos?
- Aumento do consumo de sacarose
- Diminuiçao do consumo de fibra
- Aumento do consumo de ácidos gordos saturados
- Consumo excessivo de sal
- Aumento do consumo de gelados e refrigerantes
- Maior consumo de álcool e tabaco
- Alimentaçao colectiva
Analisando a população americana concluiu-se que
- 19% dos homens e 15% das mulheres são fumadotrds
- 1/3 dois americanos não faz actividade física
- 69% dos adultos e 32% das crianças têm excesso de peso
- 43% tem colesterol superior a 200 mg
- 33% s~so hipertensos
- 9% são diabéticos e b35& prediabeticos
A importância dos factores nutricionais reflete-se claramente nas populações migrantes. Por exemplo os japoness emigrados nos Estados Unidos têm colesterol muito mais elevado
FACTORES DE RISCO
Conceitos
A ateroesclerose é uma doença multifactorial – é devida à acumulação de factores de risco.
Factor de risco indica qual o aumento de susceptibilidade à doença causado por um determinado agente.
Exprime-se em termos de risco relativo – coeficiente exprimindo o aumento de risco que um determinado agente pode causar numa pessoa em relação a outra considerada normal.
Quanto mais factores de risco, maior será o risco de incidência da doença (Quadro 2.I).
Quadro 2.I
Número de factores de risco e doença coronária
___________________________________________
Número de factores % de incidência
1 11
2 20
3 25
4 77
A associação de factores de risco aumenta a incidência. No quadro 2.II indicamos os riscos da associação hipertensão – colesterol.
Principais factores de risco
Endógenos
Influenciáveis:
Dislipémias
Colesterol
Hipertensão
Obesidade
Não influenciáveis:
Idade
Sexo
Factores genéticos
Estilo de vida
Alimentação
Tabagismo
Actividade física
Stress
Doenças
Diabetes
Hipertensão
Prevalência
Nos Estados Unidos em 2005 havia 73 milhões de hipertensos
Quanto mais elevada for a hipertensão, maior será a incidência de doença coronária .
Considera-se normal uma pessoa que tenha uma pressão diastólica inferior a 8,5 e uma sistólica inferior a 13. A partir daí há hipertensão, considerando-se vários graus de gravidade .
Graus de hipertensão
Classificação Diastólica Sistólica
Normal »8,5 «13
Borderline 8,5-8,9 13-13,9
Moderada 9-9,9 14-14,9
Grave 10-10,9 15-15,9
Muito grave » 11 »16
Até aos 45 anos a hipertensão é mais frequente no homem que na mulher. Entre os 45 e 64 os valores igualam-se. A partir dos 65 é mais frequente na mulher
Nas mulheres tomando contraceptivos orais a hipertensão é mais frequente
A hipertensão está relacionada com a raça – é muito mais prevalente na raça negra
Hipertensão e obesidade
A obesidade está relacionada com a hipertensão(fig. 2.6) e desce com a redução do peso
Fig. 2.6 -Relações da hipertensão com a obesidade
Sal e hipertensão
Muitos estudos epidemiológicos relacionam a prevalência da hipertensão no mundo ocidental com o consumo de sal.
Argumentos relacionando o consumo de sal com a hipertensão
- Nas populações em que não há hipertensão o consumo de sal é inferior a 5gr /dia
- A prevalência da hipertensão está relacionada com o consumo de sódio
- No sangue e células de muitos hipertensos o sódio está aumentado
- A restrição de sódio baixa a tensão
- Há estirpes de animais hipertensos em que a restrição de sódio baixa a tensão
No mundo ocidental o consumo de sal é o dobro do recomendado
Um estudo recente mostra que em Portugal o consumo de sal é de 12g/dia em vez dos 5 recomendados
Causas do consumo de sal:
- Palatabilidade
- Conservação de alimentos
- Charcuteria e enchidos
- Comida enlatada
- Glutamato
- Queijo
- Aguas gasosas
- Refrigerantes
- Comprimidos efervescentes
Para dar um exemplo 200g. de pão, 1 litro de água gasosa e 100g. de presunto equivalem a 20g. de sal
Sensibilidade ao sal
Nem todas as pessoas respondem da mesma maneira a um consumo elevado de sal. A resposta ao sal a resposta é muito mais elevada na raça negra.
Pensa-se que cerca de 17% dos brancos é sensível ao sal
Esta sensibilidade parece dever-se ao não funcionamento da bomba de sódio provocando um aumento do sódio intracelular com aumento da resistência periférica .
Colesterol
O colesterol deve ser o factor de risco mais conhecido e mais bem estudado.
Argumentos
- O colesterol encontra-se na placa de ateroma
- É possível provocar ateroesclerose em animais pela administração de dietas ricas em colesterol
- Estudos genéticos mostraram na hipercolesterolémia familiar homozigótica uma relação directa entre hipercolesterolémia e morte coronária prematura
- Inúmeros estudos de prevenção primária e secundária mostram resultados concludentes
Acção sobre os lipidos:
Nos fumadores os triglicéridos estão aumentados e as HDL diminuídas
Há alterações estruturais das HDL e VLDL e baixa das HDL2. e não há aumento de HDL após o exercício.
O tabagismo aumenta o fibrinogénio que normaliza com a cessação de fumar.
O fumo de cigarros inibe a bomba de sódio, aumentando a sensibilidade ao sal.
Tabagismo
Epidemiologia
Embora estejam demonstradas as relações entre tabagismo e cancro do pulmão, a doença cardiovascular é a maior causa de morte nos fumador
O tabaco é fumado em todos os continentes mas com diferenças nas quantidades e na distribuição pelos sexos
Smoking prevalence by gender
| ||
Percent smoking
| ||
Region
|
Men
|
Women
|
29
|
4
| |
35
|
22
| |
35
|
4
| |
46
|
26
| |
44
|
4
| |
60
|
8
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aConsumo de tabaco em Portugal
Fisiopatologia
Nicotina:
- Libertação de catecolamina
- Acção obre os quimioreceptores
- Acções inotrópica e cronotrópica positiva
- Lesão do endotélio
- Proliferação do conjuntivo arterial
Monóxido de carbono
O monóxido de carbono forma-se por combustão incompleta dos compostos orgânicos do tabaco, aparecendo no sangue como carboxihemoglobina. A formação de CO é menor nos fumadores de charutos e de cachimbo.
A maior parte dos fumadores tem carboxihemoglobina elevada (fig 2.11).
fig. 2.11 -Tabagismo e carboxihemoglobina(% com valores superiores a 2,1%)
Este aumento de carboxihemoglobina tambem foi observado em macacos expostos a fumo de cigarros.
Os coelhos sujeitos a dieta aterogénica têm maior incidênciade ateroma quando expostos a CO. A exposição de artérias perfundidas ao CO aumenta a captação do colesterol.
A elevação do teor em carboxihemoglobina provoca um desvio para a esquerda da curva de dissociação, reflectindo-se numa menor disponibilidade de oxigénio.
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Acção sobre os lipidos:
Nos fumadores os triglicéridos estão aumentados e as HDL diminuídas
Há alterações estruturais das HDL e VLDL e baixa das HDL2. e não há aumento de HDL após o exercício.
O tabagismo aumenta o fibrinogénio que normaliza com a cessação de fumar.
O fumo de cigarros inibe a bomba de sódio, aumentando a sensibilidade ao sal
Os efeitos do CO reflectem-se não só nos fumadores mas tambem nos não fumadores quando colocados num ambiente fechado com fumadores.
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Em ambientes não ventilados a carboxihemoglobina aumenta tanto nos fumadores como nos não fumam .
A concentração em hemoglobina numa sala não ventilada aumenta com o tempo de exposição
fig.2.15 -Carboxihemoglobina numa sala não ventilada
Outros componentes
Componentes do tabaco
Gases:
- CO
- CO2
- Óxidos azotados
- Amónia
- Acroleina
- Nitrosaminas voláteis
- Compostos sulfurados voláteis
- Ácido cianídrico
- Nitritos
- Hidrocarbonetos voláteis
- Álcoois
- Acetaldeido
- Acetona
- Acetonitrilo
- Benzeno
Partículas:
- Nicotina
- Nitrosaminas não voláteis
- Aminas aromáticas
- Isoprenoides
- Crisenos
- Antracenos
- Fluorantrenos
- Aza-arenos carcinogénicos
- Fenóis
- Cresois
- Naftois
- Naftalenos
Obesidade
Avaliação
Têm-se proposto muitas fórmulas para apreciar a obesidade relacionando o peso com a altura, sendo
a mais usada a de LORENZ:
P= A-10
a mais usada a de LORENZ:
P= A-10
Actualmente é utilizado universalmente o índice de massa corporal(peso em kg/ quadrado da altura em metros).
Utilizando este índice podemos distinguir quatro classes:
LEVE: 10´20
MODERADA: 20-25
INTRNSA: 25~100
MACISSA: 100 ou m
LEVE: 10´20
MODERADA: 20-25
INTRNSA: 25~100
MACISSA: 100 ou m
Para desvios ponderais iguais as complicações são mais marcadas no homem devido às características diferentes de gordura – gordura andróide no homem e ginoide na mulher
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No homem a distribuição da gordura é abdominal e os adipocitos são muito sensíveis à lipase com a consequente produção de ácidos gordos que se poderão transformar em triglicéridos.
Prevalência da obesidade
Obesidade em Portugal
Idade Excesso de peso Obesidade
18-24 7,7 6,1
25 -34 14,3 9,8
35-44 17,1 13,7
45- 54 25,3 24,4
65-74 24,2 22,6
dados da D.G.S.(www.dgs.pt)
A obesidade aumenta com a idade.
Obesidade como factor de risco:
A esperança de visa é menor nos obesos, razão que levou as companhias de seguros a aumentar os prémios para os obesos.
O estudo de Framingham, correspondendo a um follow-up de 24 anos,mostra uma relação entre obesidade e doença coronária
Há uma relação entre índice corporal e gravidade da doença coronári
Esta relação deve-se à associação inerente da obesidade com outros factores de risco:
Diabetes
A mortalidade cardiovascular representa 75%daa causasc de morte, sendo maiot nas mulhrres
Diabete e lipoproteina
O papel da insulina no metabolismo das lipoproteinas parece srt
Sedentarismo
O risco de doença coronária é maior nos sedentaerios
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Macacos não sujeitos a exercício desenvolvem ateroesclerose.
Um estudo feito nos Estados Unidos mostrou que se deve fazer 30 minutos de actividade moderada 5 vezes por semana ou 20 minutos de actividade vigorosa 3 vezes por semana.
Tensões psico-sociais
O stress é um factor de risco importante particularmente em pessoas com comportamento tipo A – indivíduos com ambição, agressividade, competitividade e sentido de urgência do tempo.
DISLIPEMIAS
Informação geral
Textos
Informação especializada
Abetalipoproteinemia
Alimentação
Antioxidantes
Deficiencia em LCAT
HDL
Hiperlipemias
http://www.merckmanuals.com/professional/endocrine_and_metabolic_disorders/lipid_disorders/dyslipidemia.htmlHiperlipemias autoimunes
Hiperlipemia na diabetes
Hiperlipemia familiar combinada
Hiperlipemias secundarias
Hipercolesterolemia
Directorios
Textos
Hipercolesterolemia familiar
Hipertrigliceridemia
Hipertrigliceridemia e diabetes
Hipertrigliceridemia pediatrica
Hipolipemias
LDL
Calculador para colesterol das LDL
Lipoproteina (a)
Lipoproteina X
Oleos de peixe
Razão triglicéridos/HDL
Receptores das LDL
Sitosterolemia
Smith- Lemli- Opitz
Tangier
Tratamento da hipercolesterolemia
Estatinas
Acções secundarias
Atorvastatina
Crestor
Fluvastatina
Lescol
Ver Fluvastatina
Pravastatina
Rosuvastatina
Ver Crestor
Simvastatima
Zocor
Ver Simvastarina
VLDL
Xantelasmas
Xantomas