quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Fisiopatologia IV


ESTRUTURA GERAL DO DIGESTIVO
Anatomia microscópica

Mucosa
Formada por epitélio, lâmina própria e muscular da mucosa.
Epitélio
Na boca, esófago e canal anal é um epitélio estratificado plano não queratinizado.
Nas outras partes é cilíndrico simples.
A principal função do epitélio estratificado é a protecção e a do cilíndrico a secreção e absorção.






 Lamina própria
Formada por tecido conjuntivo laxo.
Contem vasos sanguíneos e linfáticos e nódulos linfáticos dispersos.
Muscular da mucosa
Formada por fibras musculares lisas que se projectam na mucosa como pequenas pregas que aumentam a superfície do intestino.
Submucosa
Formada por tecido conjuntivo laxo que une a mucosa à muscular externa.
Muscular externa
Na boca, faringe e parte superior do esófago é constituída por músculos esquelético, assim como o esfíncter anal externo.
O resto do tracto tem músculos lisos geralmente com uma lâmina interna de fibras circulares e uma lâmina externa de fibras longitudinais.

Glândulas salivares
Funções da saliva
Limpeza da boca
Dissolução dos componentes químicos dos nutrimentos para serem apreciados pelas papilas gustativas
Humedecimento dos alimentos para que estes possam ser comprimidos no bolo alimentar
Presença de amilases que actuam sobre o amido
Estrutura geral
As unidades secretórias são cachos de células, os ácinos
Segregam a saliva que contem água, electrólitos, muco e enzimas
Nos condutos salivares o sódio é reabsorvido activamente, o potássio é segregado assim como bicarbonato
Há dois tipos de células serosas segregando um liquido aquoso sem muco e mucosas segregando um líquido rico em muco
Glândulas major
Parótidas
As parótidas estão situadas adiante da orelha entre o masseter e a pele
Dela sai o conduto parotidiano que desemboca no vestíbulo em face do segundo molar superior
Produzem uma secreção serosa
Ramificações do nervo facial atravessam a parótida antes de enervar os músculos da expressão facial e por esta razão a cirurgia das parótidas pode provocar uma paralisia facial
A papeira é uma infecção viral das parótidas
Submaxilares
Encontram-se na parte mediana do corpo da mandíbula
O seu conduto desemboca na base do freio da língua
Produzem uma secreção mista ( serosa e mucosa)
Sublinguais
Situadas debaixo da língua adiante das submaxilares
Os seus 10 a 12 condutos abrem-se no pavimento da boca
Produzem uma secreção serosa
Glândulas minor
Estão disseminadas por toda a mucosa oral
Composição da saliva
Mucina , muco espesso que lubrifica a cavidade oral e humedece os alimentos
Amilase
Anticorpos IgA
Lisosima
Defensinas
NO formado pelas bactérias saprófitas por reacção com os nitratos dos alimentos
Regulação da salivação
As glândulas minor segregam saliva suficiente para manter a humidade da boca, mas não para tratar os alimentos
A ingestão de alimentos estimula os quimio e baroreceptores da boca que enviam influxos para os núcleos salivares do tronco cerebral que estimulam fibras parassimpáticas dos faciais e glossofaríngeo
Os impulsos são transmitidos para os núcleos salivares situados no tronco cerebral

Ingestão de alimentos

Baroreceptores da boca

Nucleos salivares do tronco cerebral

Fibras parasimpaticas do facial e glossofaringeo

 Regulação da salivação
Basta a vista, cheiro ou apenas pensar num alimento para desencadear a salivação por um reflexo condicionado
É conhecido o reflexo condicionado de Pavlov em que os cães salivavam ao ouvir uma campainha por, devido a treino prévio, relacionarem o seu som com alimentos
Dentes
Dentadura
Dentição provisória
Os primeiros dentes a aparecer são os incisivos centrais inferiores que surgem pelos seis meses, surgindo os outros com intervalos de 1 a 2 meses
Estes dentes são chamados dentes deciduais ou dentes de leite
Dentição definitiva
À medida que os dentes definitivos se desenvolvem as raízes dos dentes de leite vão sendo reabsorvidas progressivamente, acabando por cair entre os 6 e 12 anos , exceptuando-se os dentes do siso que aparecem entre os 17 e 25
Por vezes um dente, na maior parte dos casos o dente do siso, fica encaixado num maxilar - é o dente incluso 
Classificação dos dentes
Os incisivos, 4 por maxilar, afiados em bisel, servem para cortar os alimentos
Os caninos, 2 por maxilar.são dentes afiados muito desenvolvidos nos animais carnívoros e ausentes nos vegetarianos
Os premolares, 4 por maxilar, dentes tricúspides, não se encontram na dentição provisória
 Os molares, 6 por maxilar, têm coroas largas com tubérculos arredondados, esmagam os alimentos
Fazendo as contas, a dentição provisória tem 20 dentes e a definitiva 36
Estrutura

Coroa

Parte do dente visível acima das gengivas

Esmalte

Material sem células fortemente mineralizado por sais de cálcio como o osso

As células que o elaboram morrem no momento da reparação do dente, pelo que o esmalte quando lesado não é reparável

O esmalte é a substância mais dura do organismo e tem por função suportar a força da mastigação

Raiz

É a parte do dente que está dentro do maxilar

Os caninos, incisivos e premolares têm apenas uma raiz

Os dois primeiros molares superiores têm 3  raízes e os inferiores 2

O número de raízes do terceiro molar é variável, mas o mais frequente é uma raiz fundida

A coroa e a raiz estão ligadas pelo colo do dente

A superfície externa da raiz está coberta por um tecido conjuntivo calcificado, o cimento

Ligamento alvéolo-dentário ou desmodonte


O cimento fixa o dente a este ligamento que o mantem no alvéolo ósseo do maxilar

Forma uma articulação do tipo gonfose

Dentina ou marfim

Semelhante ao tecido ósseo está sob o esmalte e forma a maior parte do dente

Rodeia a câmara pulpar ou cavum

Liga-se à raiz pelo canal da raiz do dente

Na extremidade proximal do canal encontra-se o foramen do apex dentário que permite a passagem de vasos e fibras nervosas

Polpa

Encontra-se na câmara pulpar

Tem tecido conjuntivo, vasos e fibras nervosas

É ela que assegura a alimentação e a sensibilidade dos dentes



CÁRIE DENTÁRIA



A cárie é uma desmineralização gradual do esmalte e da dentina provocada por bactérias

A lesão começa pela placa dentária, película de açúcares e bactérias que adere aos dentes

As bactérias metabolizam o açúcar e produzem ácido láctico que dissolve os sais de cálcio, expondo assim a matriz aos enzimas proteolíticos das bactérias.

Se a placa não for removida esta calcifica-se e forma o tártaro dentário

Quando este se produz na região entre as gengivas e os dentes forma-se uma gengivite

Se o osso for afectado surge uma periodontite



FARINGE E ESOFAGO

Faringe


Divisões da faringe

  • Nasofaringe
  • Orofaringe
  • Laringofaringe

Anatomia macroscópica


Os alimentos chegam ao esófago através da nasofaringe e da orofaringe, passagens comuns aos alimentos e ao ar

Músculos

Tem duas camadas de músculo esquelético

Ás fibras da camada interna estão orientadas longitudinalmente

As da camada externa são circulares envolvendo a faringe para constituírem os músculos constrictores da faringe que propelem a alimentação para o esófago





Esófago




Anatomia macroscópica

Tubo muscular de cerca de 25 cm que se relaxa quando não tem alimentos

Atravessa o diafragma pelo foramen do esófago e entra no estômago pelo cárdia

O orifício do cárdia é rodeado pelo esfíncter esofágico inferior













Esfíncteres

Esfíncter esofágico superior

Separa a faringe do esófago

Contrai-se durante a inspiração evitando a entrada do ar

Formado pelo musculo cricofaríngeo

É um músculo estriado, portanto voluntário

A sua contracção inicia a deglutição

Esfíncter esofágico inferior

Separa o esófago do estômago

Não é um esfíncter mas um alargamento assimétrico da parede muscular que tem um efeito fisiológico de esfíncter

Em repouso o seu tono elevado mantem fechada a comunicação com o estômago, relaxando-se na deglutição







Deglutição

Etape oral

É voluntária

O bolo alimentar é colocado no topo da língua contra o pálato ósseo e empurrado pelas contracções musculares voluntárias para a orofaringe, onde os movimentos passam a ser involuntários

Etape faringo-esofágica

É regulada pelo centro da deglutição existente no bulbo que transmite os impulsos aos músculos da faringe e esófago, especialmente através dos vagos

Descrição

A língua fecha a boca

O véu do paladar fecha a orofaringe

A laringe sobe para fechar a entrada das vias respiratórias

A alimentação é empurrada ao longo da faringe por movimentos peristálticos

Os alimentos sólidos levam 4 a 8 segundos a chegar da orofaringe ao estômago e os líquidos 1 a 2

Quando a onda peristáltica se aproxima da extremidade inferior do esófago, o esfíncter esofágico inferior relaxa-se

Peristaltismo

O peristaltismo começa com a contracção da faringe

Esta onda peristáltica vai do esófago proximal ao distal a uma velocidade de 2 a 4 cm/seg

O peristaltismo primário inicia-se com a deglutição e o secundário é provocado pela distensão do lume


Peristaltismo
O peristaltismo começa com a contracção da faringe
Esta onda peristáltica vai do esófago proximal ao distal a uma velocidade de 2 a 4 cm/seg
O peristaltismo primário inicia-se com a deglutição e o secundário é provocado pela distensão do lume
Cortesia de Jose Luis Bondi
 Etapas da deglutição
Controle



O peristaltismo nos segmentos de musculatura lisa depende do sistema nervoso entérico
A amplitude das contracções é regida pelos neurónios colinérgicos
A fase inibitória que precede a contracção do corpo do esófago é mediada pelo NO
PATOLOGIA DO ESÓFAGO
Acalasia
Não há peristaltismo devido à incapacidade os músculos lisos e o esfíncter esofágico inferior não se relaxa convenientemente quando se engole o que acarreta dificuldade em engolir e regurgitação


Refluxo gastro-esofágico




O cárdia deixa passar transitória ou permanentemente o suco gástrico, sendo a mucosa esofágica lesada pelo ácido clorídrico.


O sinal mais frequente é uma sensação de queimadura ao nível do coração ( heartburn)


Nas formas crónicas o contacto continuado com o ácido clorídrico gera uma esofagite, a esofagite de Barrett









ESTOMAGO

Anatomia
Anatomia macroscópica
Pregas gástricas
Quando o estômago está vazio, a mucosa e a submucosa formam grandes pregas, as pregas gástricas
http://www.radiologyinfo.org/en/photocat/gallery3.cfm?Image=ugi-xray-smbowel.jpg&pg=uppergi&bhcp=1
Cárdia
Região rodeando o orifício do cárdia
Fundo
Região em forma de cúpula situada abaixo do diafragma
Corpo
Porção média do estômago
Prolonga-se para baixo pela parte pilórica
Parte pilórica
A sua porção superior retrai-se para formar o canal pilórico que continua com o duodeno
É fechada pelo esfíncter pilórico
Curvaturas
A grande curvatura é a face lateral do estômago
A pequena curvatura é a face lateral mediana, concava 
Cortesia de Gillis Rick
1-     Esófago
2-     Região do cardia
3-     Fundo
4-     Pequena curvatura
5-     Grande curvatura
6-     Região pilorica
7-     Duodeno
8-     Pâncreas

Fases da secreção gástrica


Fase cefálica


Fase reflexa

Desencadeada pelo gosto, aroma, imagem de comida, estimulação mecânica da cavidade oral ou deglutição

A salivação é estimulada pelo parasimpático

O início da deglutição estimula o peristaltismo do esófago e relaxa os esfíncteres

O vago inibe as contracções do estômago proximal

A secreção de HCl é estimulada nas células parietais

A digestão do amido começa na boca pela acção da ptialina



Fase gástrica


Estiramento


O estiramento do estômago activa os mecanoreceptores da parede induzindo reflexos locais e vasovagais

Estes reflexos estimulam a produção de acetilcolina que estimula a secreção de HCl


Gastrina


As proteínas parcialmente digeridas, a cafeína e o pH elevado activam as células produtoras de gastrina

Quando alimentos ricos em proteínas chegam ao estômago, o pH sobe porque as proteínas têm um efeito tampão, neutralizando o H+

O pH elevado estimula  a gastrina

Com a digestão das proteínas o pH desce, cessando a estimulação


Fase intestinal

Fase estimuladora


Quando os alimentos parcialmente digeridos chegam ao duodeno, é estimulada a secreção da gastrina intestinal


Fase inibitória


A fase estimuladora é muito curta

O quimo desencadeia o reflexo enterogástrico, inibidor

Libertam-se também hormonas entéricas, inibitórias



Reacção ao enchimento


Embora o estômago se estire, a sua pressão interna mantem-se constante até ao volume ingerido atingir 1 litro devido ao relaxamento da musculatura gástrica

O relaxamento deve-se à acção do centro da deglutição e dos mecanoreceptores


Contracção gástrica


Piloro


A parte pilórica só deixa passar pelo orifício líquidos e pequenas partículas

Em geral por cada onda peristáltica que chega ao piloro são ejectados apenas 3 ml de quimo, refluindo o resto para o estômago


Células ritmogénicas


A intensidade das ondas pode variar, mas o ritmo mantem-se constante – 3 por minuto


INTESTINO DELGADO
Anatomia macroscópica
Introdução
É um tubo com muitas circunvoluções que vai do esfíncter pilórico à válvula ileocecal
É a parte mais longa do tubo digestivo
Tem três segmentos - duodeno, jejuno e ileon
Estrutura geral
Cortesia de Virgínia Maryla Regional College of Veterinary Medic
Duodeno
Encurva-se à volta da cabeça do pâncreas
Os condutos biliares e pancreáticos desembocam na ampola de Vater que se abre no duodeno na papila duodenal
Duodeno
Encurva-se à volta da cabeça do pâncreas
Os condutos biliares e pancreáticos desembocam na ampola de Vater que se abre no duodeno na papila duodenal major ou grande carúncula
O escoamento da bílis e do suco pancreáticos são regulados pelo esfíncter de Odi
Jejuno e ileon
O jejuno estende-se do duodeno ao ileon
O ileon desemboca no intestino grosso ao nível da válvula ileo-cecal
Estão suspensos na parede abdominal por uma extensão do peritoneu, o mesentério
As suas partes mais distais são rodeadas pelo intestino grosso
Vasos e nervos
O delgado é enervado por fibras parasimpáticas vindas do vago e simpáticas provenientes dos nervos esplâncnicos com sinapses nos plexos mesentérico superior e solar
As artérias provêm da mesentérica superior
As veias desembocam na mesentérica superior passando em seguida para a veia porta

Duodeno




Encurva-se à volta da cabeça do pâncreas


Os condutos biliares e pancreáticos desembocam na ampola de Vater que se abre no duodeno na papila duodenal major ou grande carúncula


O escoamento da bílis e do suco pancreáticos são regulados pelo esfíncter de Odi


Jejuno e ileon


O jejuno estende-se do duodeno ao ileon


O ileon desemboca no intestino grosso ao nível da válvula ileo-cecal


Estão suspensos na parede abdominal por uma extensão do peritoneu, o mesentério


As suas partes mais distais são rodeadas pelo intestino grosso


Vasos e nervos


O delgado é enervado por fibras parasimpáticas vindas do vago e simpáticas provenientes dos nervos esplâncnicos com sinapses nos plexos mesentérico superior e solar


As artérias provêm da mesentérica superior
As veias desembocam na mesentérica superior passando em seguida para a veia porta
Sistema nervoso entérico
´Para lá da enervação geral, o intestino tem um sistema nervoso local próprio, o sistema nervoso entérico ou intrínseco
Os principais componentes são o plexo mioentérico sitiado entre as camadas musculares longitudinal e circular e o plexo submucoso
mecanoreceptores (estiramento) quimioreceptores (ácidos, glicose, aminoácidos), termoreceptores, osmoreceptores
Os neurónios motores controlam a motilidade intestinal
Os interneurónios integram as informações sensoriais
Os neurónios segregam muitos neurotransmissores mas o mais habitual é a acetilcolina
Interligações com o simpático
Os alimentos sofrem movimentos de propulsão, os movimentos peristálticos ao longo de todo o tubo digestivo
Trata-se de contracções cíclicas sempre dirigidas na mesma direcção, propelindo os alimentos sempre na direcção do recto
Mistura
São movimentos segmentares não propulsores que misturam os alimentos com os sucos digestivos
Fisiologia do peristaltismo
É a consequência de dois reflexos do sistema nervoso entérico, estimulado pela distensão provocada pela presença 
É a consequência de dois reflexos do sistema nervoso entérico, estimulado pela distensão provocada pela presença do bolo alimentar no lume
Um grupo de neurónios activa neurónios motores acima do bolo que libertam acetilcolina e estimulam a contracção
Outros neurónios libertam NO, o vasopeptido intestinal activo e o ATP provocando o relaxamento dos músculos abaixo do bolo





Complexo motor migrante
Definição
Tipo de movimento que se observa entre as refeições
Serve para eliminar do tubo digestivo material não digerido que não tenha sido eliminado
Repete-se cada 1,5 ou 2 horas
Fases
Quiescência de 45 a 60 minutos
Período de 30m em que surgem contracções que vão aumentando de frequência
Os movimentos começam no estômago e propagam-se para o intestino delgado
Período de 5 a 15 minutos de movimentos rápidos com contracções peristálticas espaçadas
O piloro mantem-se aberto permitindo que o material não digerido entre no intestino
Segue-se um curto período de transição

Pregas circulares e vilosidades
Embora o intestino em si já tenha uma grande superfície, esta aumenta grandemente pela existência de pregas circulares, vilosidades e microvilosidades, o que lhes dá uma superfície de cerca de 200m2
Estas estruturas são mais abundantes no duodeno, onde se faz a maior parte da absorção
Pregas circulares ou válvulas coniventes 
São pregas profundas, permanentes, da mucosa e submucosa
A sua altura é de cerca de 1cm
Obrigam o quimo a rodar sobre si próprio no interior do lume misturando-o continuamente com o suco intestinal e diminuindo o seu movimento para permitir uma melhor absorção
Vilosidades intestinais
Saliências em forma de dedo com altura de 1mm
O seu lume é coberto por células maduras , absortivas que em poucos dias morrem e são lançadas para o lume para serem eliminadas
No seu interior encontram-se capilares linfáticos especiais, os quilíferos
Cada vilosidade tem uma banda de músculo liso que permite contracções e dilatações alternadas aumentando o contacto entre as vilosidades e os alimentos em digestão e a circulação da linfa nos quilíferos

O intestino tem um órgão de tecfidos linfoides designados colectivamente por GALT ( Gut Associated Lymphoid Tissue)
Placas de Peyer
São folículos linfoides situados na mucosa do intestino delgado, em especial no ileon
Predominam os linfocitos B 


cortesia de Heidi Watts
Cólon
O cólon ascendente sobe ao longo do lado direito da cavidade abdominal até ao rim direito.
Vira em ângulo recto (ângulo cólico direito) para formar o cólon transverso que atravessa a cavidade abdominal até ao baço
Vira-se outra vez ( angulo cólico esquerdo) para se continuar pelo cólon descendente
Ao chegar à bacia transforma-se no cólon sigmoide
Está fixo à parede abdominal por mesocolons




















Cortesia de Jose Luis Bond











Cortesia de Roger Wagner




Criptas




São invaginações do epitélio à volta das vilosidades atapetadas por células epiteliais jóvens


Na base das criptas há células que se dividem activamente e substituem as celulas da cavidade abdominal eliminadas







Microvilosidades




São saliências minúsculas provocadas pelas membranas das células absorventes


Dão à superfície da mucosa um aspecto de bordadura em escova


Para lá de aumentarem a absorção a membrana tem enzimas que entram na digestão dos glúcidos

Células
  • Células absortivas com muitas vilosidades, ligadas entre si por junções fechadas
  • Células caliciformes dispersas entre as outras células, secretoras de muco
  • Endocrinocitos
  • Células epiteliais segregando o suco intestinal
  • Células de Paneth, funcionalmente semelhantes aos neutrófilos, segregando defensinas e lisosima para o lume das criptas tendo assim uma actividade antimicrobiana importante

Microvilosidades




São saliências minúsculas provocadas pelas membranas das células absorventes


Dão à superfície da mucosa um aspecto de bordadura em escova


Para lá de aumentarem a absorção a membrana tem enzimas que entram na digestão dos glúcidos

Células
  • Células absortivas com muitas vilosidades, ligadas entre si por junções fechadas
  • Células caliciformes dispersas entre as outras células, secretoras de muco
  • Endocrinocitos
  • Células epiteliais segregando o suco intestinal
  • Células de Paneth, funcionalmente semelhantes aos neutrófilos, segregando defensinas e lisosima para o lume das criptas tendo assim uma actividade antimicrobiana importante
  • Criptas
    São invaginações do epitélio à volta das vilosidades atapetadas por células epiteliais jóvens
    Na base das criptas há células que se dividem activamente e substituem as celulas da cavidade abdominal eliminadas


    Sistema imunitário intestinal
    Definição
    O intestino tem um órgão de tecfidos linfoides designados colectivamente por GALT ( Gut Associated Lymphoid Tissue)
    Placas de Peyer
    São folículos linfoides situados na mucosa do intestino delgado, em especial no ileon
    Predominam os linfocitos B




    Recto
    Ao nível da L3 o sigmoide abre-se no recto dirigido para trás e para baixo para o sacro
    Canal anal
    Encontra-se no exterior da cavidade abdomino-pélvica
    Começa no ponto em que o recto penetra no elevador do ânus e abre-se no ânus
    O canal anal tem dois esfíncteres o interno involuntário e o externo voluntário
    Anatomia microscópica
    Mucosa do cólon
    Não possui pregas circulares ou vilosidades nem células secretoras de enzimas porque no cólon não há absorção
    Há muitas células caliciformes que produzem um muco lubrificante que facilita a passagem das fezes e protege a parede de ácidos e gases produzidos peças bactérias do cólon
    Mucosa do canal anal
    O ânus tem um esfíncter interno e um esfíncter externo

    O sangue é drenado por dois plexos venosos cujas varizes são as hemorróidas
    Motilidade do intestino grosso
    Contracções haustrais
    Produzem constrições em anel
    São tónicas pois mantêm-se por um período prolongado
    Aparecem e desaparecem bruscamente

    O local da contracção muda bruscamente

    Aumentam a área de absorção da água

    Atrasam a saída da matéria fecal


    Movimentos de massa


    Os movimentos de massa são ondas de contracção mais potentes, longas e lentas, que percorrem grandes extensões do cólon três a quatro vezes por dia.

    Impelem a matéria fecal ao longo do cólon

    Estes movimentos são estimulados pelos reflexos gastro-cólico e gastro-ileal

    Reflexo gastro-cólico
    Aumenta a actividade eléctrica e motora do cólon após a ingestão de alimentos
    É estimulado pela presença de alimentos no duodeno
    É mediado pela gastrina e colecistocinina
    Absorção da agua
    Absorção no intestino delgado
    O intestino delgado recebe cerca de 9 litros de água por dia
    Destes 2 litros provêm de líquidos bebidos e 7 de secreções endógenas
    8 litros são absorvidos e 1 litro vai para o intestino grosso
    Absorção no intestino grosso
    Movimentos de massa
    Os movimentos de massa são ondas de contracção mais potentes, longas e lentas, que percorrem grandes extensões do cólon três a quatro vezes por dia.
    Impelem a matéria fecal ao longo do cólon
    Estes movimentos são estimulados pelos reflexos gastro-cólico e gastro-ileal
    Reflexo gastro-cólico
    Aumenta a actividade eléctrica e motora do cólon após a ingestão de alimentos
    É estimulado pela presença de alimentos no duodeno
    É mediado pela gastrina e colecistocinina
    Absorção da agua
    Absorção no intestino delgado
    O intestino delgado recebe cerca de 9 litros de água por dia
    Destes 2 litros provêm de líquidos bebidos e 7 de secreções endógenas
    8 litros são absorvidos e 1 litro vai para o intestino grosso
    Absorção no intestino grosso
    O cólon absorve 90% da água
    100 a 200 ml são eliminados pelas fezes
    Mecanismo
    A absorção da água segue a do sódio
    O sódio é cotransportado com o cloro e a glicose para o interior das células
    Defecação
    Reflexo da evacuação
    Quando se desencadeiam os movimentos de massa desencadeia-se este reflexo
    É um reflexo do parasimpático cujo centro se encontra na medula sagrada
    Provoca a contracção das paredes do cólon sigmoide e do recto e o relaxamento do esfíncter interno
    Participação voluntária
    Se o reflexo é involuntário, a contracção do esfíncter externo é voluntária podendo-se assim controlar a defecação contraindo ou relaxando o esfíncter
    Fezes
    Cerca de 80% de agua
    A cor deve-se à estercobilina
    Tem produtos não digeridos – celulose, fibras musculares, lípidos
    Excreta pigmentos biliares, lípidos e produtos azotados
    Excreta alguns electrólitos
    Diarreia e obstipação
    Quando os resíduos passam rapidamente no intestino grosso, é reabsorvida pouca agua surgindo diarreia
    Pelo contrário quando os movimentos são lentos, reabsorvida agua em excesso, as fezes ficam duras e surge obstipação
    Flora bacteriana
    Estômago e intestino proximal
    Cerca de 80% de agua
    A cor deve-se à estercobilina
    Tem produtos não digeridos – celulose, fibras musculares, lípidos
    Excreta pigmentos biliares, lípidos e produtos azotados
    Excreta alguns electrólitos
    Diarreia e obstipação
    Quando os resíduos passam rapidamente no intestino grosso, é reabsorvida pouca agua surgindo diarreia
    Pelo contrário quando os movimentos são lentos, reabsorvida agua em excesso, as fezes ficam duras e surge obstipação
    Flora bacteriana
    Estômago e intestino proximal
    O número de microrganismos é reduzido devido à actividade bactericida do suco gástrico
    As bactérias presentes são aeróbias ou anaeróbias facultativas
    Cólon
    O número de bactérias é elevado
    Predominam os anaeróbios
    Cólon
    O número de bactérias é elevado
    Predominam os anaeróbios
    Esta flora é constituída por bactérias que entram pelo ânus e se desenvolvem no intestino grosso
    Fermenta glúcidos indigeríveis como a celulose produzindo ácidos irritantes e uma mistura de gases mal cheirosa
    Sintetizam vitaminas do complexo B e vitamina K








    e




    Está “encrustado” no muco. Defende-se da acidez gástrica  produzindo bicarbonato, alcalino, pela acção da urease
    Os linfocitos T não o atingem porque está protegido pelo muco





    Muitas úlceras pépticas curam-se matando o Helicobacter
    A presença de Helicobacter aumenta de 6 vezes a possibilidade de ter cancro do estômago
    GASTRITES
    São uma inflamação da mucosa gástrica
    Pode originar úlceras e é um factor de risco do cancro do estômago
    Causas mais frequentes










































ESTRUTURA GERAL DO VDIGESTIVO



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