segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

LIVR0 Produção de energia .- LIVRO Enzimas

PRODUÇÃO DE ENERGIA


Introdução ao metabolismo
Oxi-reduções biologicas
Deidrogenases
Coenzimas quinonicos
Citocromios
Cadeias de oxidação-redução
Fosforilação oxidativa
Ciclo de Krebs


Capitulo  1
Introdução ao metabolismo

Metabolismo
Totalidade  das transformações químicas do organismo
Divide-se em anabolismo e catabolismo
Energia
É a capacidade em realizar trabalho
A energia cinética\está relacionada com o movimento
A energia potencial é a energia armazenada que poderá ser utilizada quando necessário
Catabolismo
Degradação de macromoleculas para originar pequenas moléculas  que ou são utilizadas em biosintese ou na formação de energia ou são excretadas
Anabolismo
Síntese de macromoleculas a partir de pequenas unidades formadas no decorrer do catabolismo

Capitulo 2
OXI-REDUÇÕES BIOLOGICAS

Bibliografia



Conceitos de oxidação e redução

Após Lavoisier considerava-se por oxidação o ganho de oxigénio por um composto e por redução a sua perda
Wieland demonstrou que pode haver oxidação sem ganho de oxigénio mas sim por perda de hidrogénio
Actualmente sabe-se que a oxidação é a perda de electrões da camada externa
Como o aceitador de electrões mais importante é o oxigénio e o dador o hidrogénio, estes conceitos são todos  válidos



Transporte de electrões ou de hidrogénio

A primeira etapa das oxidações biológicas é a captação de hidrogénio por deidrogenases
A ultima etapa é a combinação do hidrogénio com o oxigénio
Entre estas duas etapas há uma sucessão de intermediários, os transportadores de hidrogénio ou de electrões, os transportadores de hidrogenio ou de electrões
Estes transportadores são sistemas reversíveis que na sua forma oxidada aceitam átomos de hidrogénio ou electrões, transformando-se na sua forma reduzida que em seguida transferem o hidrogénio ou electrões para outro transportador, voltando para a forma inicial.
Como a combinação imediata do oxigénio e hidrogénio levaria a uma grande dissipação de calor este sistema fracciona a energia em vários “ degraus” permitindo um seu melhor aproveitamento.




Etapas das oxidações biologicas
Nas oxi-reduções biológicas a reacção de base é a transferência de electrões. Em biologia o aceitador de electrões mais importante é o oxigénio e o dador é o hidrogenio
A primeira etapa é a activação de átomos hidrogénio de certos metabolitos por desidrogenases
A ultima etapa seria a combinação do hidrogenio com o oxigénio para formar agua ou agua oxigenada
Entre estas duas etapas há uma sucessão de intermediários biológicos, os transportadores de hidrogénio ou de electrões que amortecerão a energia e a desviarão para a formação de ATP
Noção de transportador
Os sistemas transportadores são sistemas de oxi-redução reversíveis que na sua forma oxidada aceitam átomos de hidrogénio ou electrões, ficando na forma reduzida. Em seguida transferem o hidrogénio ou electrões para outros aceitadores de menor nível energético, voltando ao seu estado inicial

CAPITULO 3
       Deidrogenases

Deidrogenases mais importantes
TCA cycle examples:

Coenzimas piridinicos
Estrutura
Contem na sua estrutura a nicotinamida 




Existem dois coenzimas o NAD (Nicotinamida dinucleotido) e o NADP (Nicotinamida dinucleotido fosfato) 
Os dois são dinucleotidos combinados com a nicotinamida
Os dois contêm uma molécula de nicotinamida, , uma de adenina,   duas de ribose e uma de pirofosfato
O  NADP tem mais um fosfato
Só o NAD faz parte do sistema de transporte






Biosintese
O organismo sintetiza a adenina e a ribose.
A nicotina é sintetizada parcialmente a partir da triptofana mas em quantidade muito insuficiente pelo que é necessário um aporte exterior, pelo que a nicotinamida é considerada uma vitamina ( vitamina PP)
Mecanismo de acção

Captam reversivelmente dois equivalentes redutores, um como hidrogénio no C4 e outro como electrão no N



Deidrogenases

A maior parte das deidrogenases ligadas a estes coenzimas são especificas para o NAD e algumas para o NADP.
Algumas deidrogenases, como a glutamico-deidrogenase trabalham com os dois coenzimas
Muitas destas deidrogenases contêm iões metálicos bivalentes que ligam o NAD ou NADP ao apoenzima
Coenzimas flavinicos
Estrutura
A vitamina B2 ou riboflavina entra na sua composição



                   
Coenzimas flavinicos existentes
FMN ou flavina mononucleotido – É o acido riboflavino-5-fosforico
FAD ou flavina adenina dinucleotido – É o FMN ligado ao ADP  
Mecanismo de acção
Capta dois hidrogénios



cortesia de Joyce Diwan

Síntese
A riboflavina não é sintetizada no organismo – é uma vitamina
A riboflavina é transformada em FMN pela flavocinase
Uma fosforilação na presença de ATP origina o FAD 


CAPITULO 4
             Coenzimas quinonicos

Estrutura

Derivam da ubiquinona ou coenzima Q
Têm um núcleo quinonico ligado a um isopreno
O mais importante é a ubiquinona 50 ou coenzima Q10



cortesia de Joyce Diwan


Mecanismo de acção
Capta dois hidrogénios




Síntese
A origem do núcleo quinonico é mal conhecida
A cadeia quinonica tem os mesmos intermediários da síntese do colesterol

CAPITULO 5
             Citocromos
Estrutura

São pigmentos tetrapirrolicos com ferro de valência variavel



Mecanismo de acção

 Transportam um electrão com mudança de valência do ferro


Capitulo 6
CADEIAS DE OXIDAÇÃO-REDUÇÃO

Bibliografia


Conceitos

Energia do transporte de electrões
Quando os electrões são transferidos de um composto para outro, realiza-se uma acção de oxidação-redução em que o dador de electrões  é um agente redutor e o aceitador um agente oxidante
Cada dador tem uma pressão electrónica característica e o aceitador uma afinidade electronica
Tais pressões e medem-se pelo potencial de oxidação-redução
Sequencia

Os dadores de electrões colocam-se em séries de pressão electrónica decrescente



Os electrões flúem do mais negativo para o imediatamente abaixo da escala
Há um fluxo  dos electrões para aceitadores mais positivos até finalmente encontrarem o oxigénio
O citocromo a3 é o elo final da cadeia, transportando hidrogenio para e combinar com o oxigénio
Na figura seguinte indicamos os potenciais de oxi-redução dos componentes da cadeia respiratória




 cortesia de Ben Best


Partículas elementares

Ultra-estrutura mitocondrial
Nas mitocondrias isolaram-se estruturas funcionais elementares as partículas elementares de Green  e Hatefi
Cada partícula é constituída por um sistema de transporte de electrões, uma proteína contráctil e um sistema de associação com a fosforilação oxidativa
Green e Hatefi descreveram complexos com estruturas fixas (citocromos e flavoproteinas)  estruturas moveis ( citocromo c e coenzima Q) que deslocando-se em meio lipidico fazem a ligação com as partículas fixas 
Complexos de Green e Hatefi
Complexo I
É  a NADH-deidrogenase
Tem como coenzimas a FMN e um centro Fe-S 




A sequencia é NADH-FAD -centro Fe-S
Os electrões são transportados pelo CoQ para o complexo III








CoQ ou ubiquinona
É uma molécula solúvel nos lipidos que aceita electrões dos complexos I e II para os enviar para o III
Complexo III

É a CoQ-cit.c redutase
Contem citocromos b e c1 e Fe-S
A sequencia é cit.b – Fe-S-cit.c1





Citocromo c
É uma proteína solúvel que transporta os electrões do complexo III para o complexo IV







Complexo IV
É a citocromo c-oxidase
Contem cobre, cit. A e cit.a3
A sequencia é cit.c – Cu – cit.a – cit. a3 – O2
É o elo final da cadeia
Forma-se agua ou peróxido de hidrogénio










Complexo II
É a succinico-CoQ deidrogenase
Os coenzimas são FAD, centro Fe-S  e citocromo b560
Recebe electrões dos enzimas com FAD
A sequencia é FAD- Fe-S – citocromo b-560













ANIMAÇÕES
http://www.sp.uconn.edu/~terry/images/anim/ETS_fast.html

Inibidores

Inhibitors of Oxidative Phosphorylation

Name

Function

Site of Action

Rotenone
e transport inhibitor
Complex I
Amytal
e transport inhibitor
Complex I
Antimycin A
e transport inhibitor
Complex III
Cyanide
e transport inhibitor
Complex IV
Carbon Monoxide
e transport inhibitor
Complex IV
Azide
e transport inhibitor
Complex IV
2,4,-dinitrophenol
Uncoupling agent
transmembrane H+ carrier
Pentachlorophenol
Uncoupling agent
transmembrane H+ carrier
Oligomycin
Inhibits ATP synthase
OSCP fraction of ATP synthase

http://themedicalbiochemistrypage.org/oxidative-phosphorylation.html

Oxidação do NADH extra-mitocondrial
As mitocondrias não são permeáveis ao NADH.
Como as cadeias de oxi-redução são mitocondriais tem que haver mecanismos de transporte
Este mecanismo é caracterizado por dois mecanismos de vai-vem – glicerofosfato-fosfodihidroxiacetona no musculo e alfahidroxibutirico-alfa cetobutirico


Capitulo 7
FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
Donde provem a energia que os processos de síntese necessitam para a sua realização?
Nas plantas a energia provem da energia solar através da fotosintese
Nos animais provem pela formação no decorrer do catabolismo de ligações fosfato ricas em energia


Ligações fosfato ricas em energia


Tipos de ligação fosfato

Ligações de fraco potencial
A sua hidrolise liberta pouca energia
Ligações de forte potencial
A sua hidrolise liberta muita energia
Representam-se pelo sinal ~ 
Encontram-se na sua quase totalidade nos nucleotido trifosfatos e na fosfocreatina
Nucleotido-trifosfatos
No decorrer de algumas reacções metabólicas formam-se  ligações fosfato ricas em energia, designadas por ~P.
Estas ligações quando hidrolisadas libertam energia.
Encontram-se no ATP, GTP e UTP
O mais importante dador de energia é o ATP
Fosfagéneos
No musculo a energia pode ser armazenada em moléculas que constituem o grupo dos fosfageneos
Quando o ATP se esgota após um esforço máximo e prolongado, as ligações de fosfato ricas em energia hidrolisam-se, formando-se energia
Quando o esforço cessa o ATP formado vai regenerar os fosfageneos
Nos vertebrados, os fosfageneos são representados pela fosfocreatina
a
Fosforilação ligada ao substracto
O ATP é formado quase exclusivamente pela fosforilação oxidativa, associada àcadeia de transporte de electrões
Nalgumas reacções catabolicas há um rearranjo molecular em que se forma directamente uma ligação de forte potencial – é a fosforilação ligada ao substracto



ATP

Fórmula
É um trinucleotido, a adenosina trifosfato
Funções
·        É o dínamo energético do organismo pois é nele que se acumula a quase totalidade da energia formada no organismo
         A sua hidrolise em ADP liberta 7,3 kcal





·        Entra na síntese do RNA
·        Regula muitas reacções metabólicas

Síntese
Forma-se por fosforilação do ADP
Necessita de energia – 7,3 kcal/mol
Faz-se nas mitocondrias
Na fotossíntese ocorre nos cloroplastos
ATP sintase
Também  é conhecida por  H+ ATPase ou FoF1-ATPase
Tem duas subunidades, a Fo que permite a passagem de protões através da membrana e a F1 que contem o sitio catalítico
Os seus inibidores são a oligomicina e a diciclohexilcarbodimida




ANIMAÇÕES

Transporte de ADP e ATP
ATP translocase, situada na membrana interna das mitocondrias permite o transporte de uma molécula de ATP para o espaço intermembranario em troca com uma molécula de ADP



Uma outra proteína transportadora, a porina, permite que o ATP atravesse a membrana externa para se dirigir ao citoplasma

Fosforilação oxidativa

É o aproveitamento da energia libertada durante o transporte de electrões para formar ATP
A energia liberta-se em três pontos de associação – complexos I, II e IV
Os electrões que entram na cadeia pelo NADH formam 3 ATP
Os que entram pelo FAD formam 

Inibidores da fosforilação oxidativa

Compounds
Use
Effect on oxidative phosphorylation
Poisons
Inhibit the electron transport chain by binding more strongly than oxygen to the FeCu center in cytochrome c oxidase, preventing the reduction of oxygen.[81]
Inhibits ATP synthase by blocking the flow of protons through the Fo subunit.[80]
Poisons
Ionophores that disrupt the proton gradient by carrying protons across a membrane. This ionophore uncouples proton pumping from ATP synthesis because it carries protons across the inner mitochondrial membrane.[82]
Prevents the transfer of electrons from complex I to ubiquinone by blocking to the ubiquinone-binding site.[83]

Competitive inhibitors of succinate dehydrogenase (complex II).[84]




Controle da fosforilação oxidativa
É controlada pela razão ADP/ATP
Quando o ADP está elevado aumentam as transferências de electrões a partir dos substractos disponíveis, passando-se o contrario quando o ATP está elevado
ANIMAÇÕES

CAPITULO 8
Ciclo de Krebs

Bibliografia


Conceito e funções

Conceito

Também é conhecido por ciclo dos ácidos tricarboxilicos ou ciclo do acido cítrico
É a via de oxidação final dos catabolitos
As reacções passam-se na matriz das mitocondrias
Funções

É o precursor de muitos compostos
Oferece um processo de degradação de muitos resíduos acetilo formados no catabolismo
Fornece a maior parte dos electrões para a cadeia respiratória



Etapas

Formação do acido cítrico
O acetil-CoA cede o acetilo a um acido com quatro carbonos, o acido oxaloacetico
O  enzima é a citrato sintase ou enzima condensante
A energia para a reacçãoitrico é dada pela ruptura da ligação tioester do acetil-CoA
A reacção é inibida pelo ATP e NADH e estimulada pelo ADP




Isomerisação em acido isocitrico
Esta isomerisaçáo faz-se tendo como intermediário o acido aconitico 


A reacção é catalisada pela aconitase
São necessários o Fe++ e o glutatião
A formação de ácidos tricarboxilicos – cítrico, isocitrico e aconitico- explica a designação de ciclo dos ácidos tricarboxilicos
Oxidação do acido isocitrico
A isocitricodeidrogenase catalisa a conversão do acido isocitrico em a-cetoglutaricocom o acido oxalosuccinico como intermediário
O acido isocitrico desidrogena-se em oxalosuccinico, sendo os hidrogénios transportados pelo NAD.
Em seguida descarboxila-se em a-cetoglutarico



O enzima é activo como um dimero
O ADP permite a reunião dos dois monómeros
Esta etapa é fundamentalparaaregulação do metabolismo intermediário
No sector extra-mitocondrial sintetisa-se acido isocitrico que não é activado pelo ADP e utilisa NADP
Não entra no ciclo de Krebs, sendo uma fonte de NADP reduzido
Formação de succinil-CoA
É realizada por um complexo polienzimatico que compreende apoenzima,  difosfato de tiamina (DTP),acido lipoico,  CoA e magnésio formando-se  o sucinil-CoA
O acido lipoico é um acido de oito carbonos saturado em que o C6 e o C8 estando ligados por uma ligação S-S formando um anel com cinco membros
Com a redução da ligação S-S abre-se o ciclo, formando-se acido dihidrolipoico


cortesia de Ben Best

Nesta descarboxilação oxidativa entram três enzimas (descarboxilase, lipoil redutase e transsucinilase) e cinco coenzimas  agrupados num complexo multienzimatico






Formação do acido sucinico

A sucinato tioquinase liberta o CoA do sucinil-CoA com a formação intermediaria de sucinil-fosfato
A energia  libertada pela ligação de forte potencial é inicialmente captada pelo GTP sendo em seguida transferida para o ADP
Há uma via alternativa nos tecidos extra-hepaticos, ligada à utilização dos corpos cetonicos


Formação do acido fumarico
O acido sucinico transforma-se em fumarico pela acção da sucinico-deidrogenase
O enzima contem quatro moléculas de ferro e FAD
É inibida pelo acido maleico( isómero cis) e pelo acido malonic
Formação do acido malico
O acido fumarico é hidratado em malico pela acção da fumarase
Formação do acido oxaloacetico
A malicodeidrogenase desidrogena o acido malico em oxaloacetico, recomeçando um novo ciclo.
O hidrogénio é transportado pelo NAD




Visão geral




ANIMAÇÕES



Balanço energético






Reacções anapleroticas

Bibliografia
Definição
Reacções que originam intermediários do ciclo de Krebs, permitindo um maior processamento do metabolismo do acetil-CoA


Algumas reacções anapleróticas

From
To
Reaction
Notes
pyruvate + HCO3- + ATP \longrightarrowoxaloacetate + ADP + Pi + H2O
This reaction is catalysed by pyruvate carboxylase, an enzyme activated by Acetyl-CoA, indicating a lack of oxaloacetate. It occurs in animal mitochondria. Most important anaplerotic reaction depending on severity, deficiency causes lactic acidosis, severe psychomotor deficiency or death in infancy [1]
Pyruvate can also be converted to L-malate, another intermediate, in a similar way.
-
This is a reversible reaction forming oxaloacetate from aspartate in a transamination reaction, via aspartate transaminase.
glutamate + NAD+ + H2O \longrightarrowNH4+ + α-ketoglutarate + NADH + H+.
This reaction is catalysed by glutamate-dehydrogenase.
-
When odd-chain fatty acids are oxidized, one molecule of succinyl-CoA is formed per fatty acid. The final enzyme is methylmalonyl-CoA mutase. Triheptanoin (fat with three heptanoic (C7:0) fatty acids) may be used to treat pyruvate carboxylase deficiency
adenylosuccinate \longrightarrowAMP + fumarate
This reaction is catalysed by adenylosuccinate lyase and occurs in purine synthesis and purine nucleotide cycle. Defect of this enzyme [2] causes psychomotor retardation.



Vai-vem  do glicerofosfato

Utiliza a porina, um transportador externo que troca pequenas moléculas de um lado e do outro das mitocondrias
Se a razão NADH/NAD no citoplasma se eleva pela acção das deidrogenases, o NAD deidrogenase citoplasmica reduzirá a fosdihidroxiacetona em glicerofosfato
Este glicerofosfato entrará nas mitocondrias para a glicerofosfato deidrogenase mitocondrial reformar a fosfodihidroxiacetona que será trocada contra o glicerofosfato acabado de entrar
Vai-vem malato-aspartato
No citossol a redução do  oxaloacetato em malato pela malato deidrogenase assegura a oxidação do NADH em NAD
O malato é transportado em seguida para as mitocondrias onde uma MDH o oxida em oxaloacetato com a redução do NAD em NADH
Como o oxaloacetato não atravessa a membrana mitocondrial é transaminado em aspartato que atravessa a membrana
No citossol o aspartato é transaminado em oxaloacetato
Este ciclo permite transferir um NADH para as mitocondrias, com um ganho subsequente de 3 ATP
Ciclo de Krebs, placa giratória do metabolismo
O ciclo de Krebs é alimentado por compostos vindos de outros metabolismos
Por outro  lado alguns dos seus constituintes participam em reacções de síntese



Capitulo 9

PATOLOGIA DA CADEIA RESPIRATORIA E DO CICLO DE KREBS

Envenenamento pelos cianetos
O cianeto é um veneno letal de acção muito rápida, muito usado pelos espiões
É um inibidor do citocromo a3
A morte surge por falta de oxigenação dos tecidos
A morte só se pode evitar nos primeiros momentos da sua administração  formando metahemoglobina pela administração de nitritos pois esta compete com o citocromo a3 formando o complexo<metahemoglobina-cianeto
Uma outra solução  é a administração de tiosulfatos que pela acção do enzima rodanese forma um tiocianato não tóxico
Venenos de plantas e ciclo de Krebs
Algumas plantas contêm fluoroacetato
Quando ingerido forma-se fluoroacetil-CoA que toma o lugar do acetil-CoA, formando-se  fluoro~citrato
O fluorocitrato é um inibidor da aconitase, impedindo a continuação do ciclo de Krebs
Deficiência em fumarase
São raras deficiências em enzimas do ciclo de Krebs
Descreveram-se alguns casos de deficiência em fumarase
A urina contem uma grande quantidade de fumarato
Observam-se sinais de lesão do sistema nervoso
Deficiência da piruvico  deidrogenase
A deficiência de qualquer dos componentes deste complexo multienzimatico está associada a acidose láctica e disfunção do sistema nervoso central
Oprognostico é mau
Doença de Leigh
É uma doença neurológica grave
Deve-se a disfunções no complexo IV ou no I
Insulina
Acção indirecta
Estimula o metrabolismo dos glucidos aumentando assim a produção de energia
Acção directa
Estimula a actividade das mitocondrias
Tiroideia
A tiroxina dissocia a fosforilação oxidativa e o transporte de electrões, havendo assim uma grande dissipação do calor no hipertiroidismo
Vitamina A
É necessária uma concentração  óptima desta viamina para o bom funcionamento das membranas mitocondriais.
Acima e abaixo desta concentração há modificações funcionais dos enzimas associados às fosforilações oxidativas
Cirrose hepática
A produção do ATP no fígado diminui 30%


ENZIMAS

Energia livre e energia de activação
Reacção enzima-substracto
Apoenzimas e coenzimas
Conformação dos enzimas
Cinetica enzimatica
Activadores e inibidores
Especificidade dos enzimas
Classificação dos enzimas

INFORMAÇÃO GERAL

Directorios
Textos



Capitulo 1

ENERGIA LIVRE E ENERGIA DE ACTIVAÇÃO

Textos


Conceito de enzima

O enzima permite a realização duma reacção, ficando inalterado no fim desta





Energia livre


Conceito

Suponhamos a reacção:

                                             A   +  B  ---------------   C +  D
                                                  P1                               P2

A reacção indicada no sentido da seta só será possível se P1 for maior que P2
  • A variação de energia F ( energia livre) será
                                                             F = P1-P2

Reacções exergonicas e endergonicas
Quando uma reacção corresponde a uma diminuição da energia livre (reacção exergonica) , a sua realização é espontânea
Quando corresponde a um aumento (reacção endergonica) necessitam de um fornecimento exterior de energia
Os processos endergonicos  estão acoplados a processos exergonicos 




Estas transferências fazem-se sem empregar calor o que representa uma grande economia do organismo, pois o calor é a forma mais degradada de energia
Animações:
Energia de activação
Para que uma reacção se produza é preciso que haja choques entre moléculas e que estes choques sejam eficazes   
Estes choques só serão eficazes se as moléculas que os sofrerem  estiverem num estado reaccional particular, o estado activado
A energia da colisão deverá ser maior que a energia de ligação que une os atomos
A passagem do estado normal ao activado necessita de uma certa quantidade de energia, a energia de activação  



cortesia de Micael Gregory



Podemos definir energia de activação como a quantidade mínima de energia para produzir uma reacção quimica
O seu valor poderá ser consideravelmente reduzido na presença de enzimas


cortesia de Micael Gregory


Animações

Capitulo 2

REACÇÃO ENZIMA-SUBSTRACTO

Conceito
A maior parte das reacções quimicas não se realizam espontaneamente – são aceleradas por catalise
Catalise é a aceleração de numa reacção química por uma substancia que no fim da reacção surge inalterada e na mesma concentração
Os catalisadores das reacções bioquimicas são os enzimas 
Características
São proteínas com pesos moleculares  de 10.000 a 2.000.000
Não causam as reacções, mas aceleram a sua actividade
Não são consumidos nem produzidos no de decorrer da reacção
São específicos
Fases da acção enzimática

A acção enzimática pode dividir-se em três fases :
  • Estado inicial
  • Estado activo
  • Estado final
Estado inicial
As moléculas que reagem chegam a uma zona privilegiada da superficie do enzima, o 
centro activo
Estado activo
As moléculas são fixadas nesta zona, criando-se as condições óptimas para reagirem
Estado final
Libertação do produto final

Reacção enzima-substracto
Sítios
Para realizar a sua acção, o enzima tem bolsas ou reentrâncias na sua superfície
Sitio catalítico ou centro activo
É onde se realizam as reacções
Sitio de ligação
Mantem o substracto na sua posição correcta
O substracto mantem-se por ligações fracas não covalentes
Animações
Etapes  de uma reacção enzimática
  • Complexo enzima-substracto(ES) – devido a fixação do substracto no centro activo
  • Complexo enzima-produtos de reacção(EF - Formação dos produtos de reacção    






Por vezes alguns aminoácidos do enzima tem funções especificas de ligação, orientação e activação  
Características de uma reacção enzimática
  • Os enzimas nunca tornam realizável uma reacção termodinamicamente impossível
  • Os enzimas aumentam a velocidade da reacção
  • Os enzimas encontram-se intactos no fim da reacção
  • Quando a reacção é reversível os enzimas aceleram do mesmo modo as duas reacções, respeitando as leis da termodinamica
Animações


Capitulo 3
Apoenzimas e coenzimas

Textos

Apoenzimas
A maior parte dos enzimas são heteroproteinas
A sua parte proteica designa-se por apoenzima e não proteica como coenzima
Ao conjunto apoenzima-coenzima denomina-se holoenzima




Coenzimas
Tipos de coenzimas
  • Grupos prosteticos ligados fortemente aos coenzimas
  • Cosubstractos ou coenzimas propriamente ditos, ligados fracamente ao apoenzima



 coenzymes in group transfer reactions

 coenzyme
 abbreviation
 entity transfered
 nicotine adenine dinucelotide
 NAD - partly composed of niacin
 electron (hydrogen atom)
 nicotine adenine dinucelotide phosphate
 NADP -Partly composed of niacin
 electron (hydrogen atom)
 flavine adenine dinucelotide
 FAD - Partly composed of riboflavin (vit. B2)
 electron (hydrogen atom)
 coenzyme A
 CoA
 Acyl groups http://academic.brooklyn.cuny.edu/biology/bio4fv/page/acyl.gif
 coenzymeQ
 electrons (hydrogen atom)
 thiamine pyrophosphate
 thiamine (vit. B1)
 aldehydes
 pyridoxal phosphate
 pyridoxine (vit B6)
 amino groups
 biotin
 Biotin
 carbon dioxide
 carbamide coenzymes
 vit. B12
 alkyl groups

 Cofactor
 enzyme or protein
 Zn++
 carbonic anhydrase
 Zn++
 alcohol dehydrogenase
 Fe+++ or Fe++
 cytochromes, hemoglobin
 Fe+++ or Fe++
 ferredoxin
 Cu++ or Cu+
 cytochrome oxidase
 K+ and Mg++
 pyruvate phosphokinase



Propriedades dos coenzimas
Não são de natureza proteica
Têm um peso molecular pouco elevado
Entram na reacção catalisada pelo enzima – reagem molécula a molécula com o substracto
São  termoestaveis ao contrario dos apoenzimas que são termolabeis
Não são responsáveis pela especificidade – o apoenzima escolhe o substracto, o coenzima intervem na reacção
No fim da reacção encontram-se inalterados
A maior parte não é sintetizada pelo organismo – são vitaminas
Propriedades dos grupos prosteticos
Estão solidamente ligados ao apoenzima por ligações covalentes
Entra na reacção sem se libertar do apoenzima – trabalha sempre ligado ao mesmo apoenzima
Propriedades dos cosubstractos
Estão fracamente ligados ao apoenzima                                        
No estado final o cosubstracto encontrar-.se ligado a outro apoenzima – no decorrer da reacção separou-se e foi regenerado por  outro apoenzima

Capitulo 4
                                                           CONFORMAÇÃO DOS ENZIMAS

Sitio activo
Textos
Nem todos os aminoácidos do apoenzima têm a mesma importancia na actividade enzimática
A parte da estrutura do apoenzima que entra em contacto com o substracto chama-se sitio activ


Classificação dos aminoácidos do apoenzima
Distinguem-se por importância funcional crescente  
Aminoácidos não colaboradores
 O seu papel é desconhecido. Podem ser removidos sem diminuir a actividade do enzima
Aminoácidos colaboradores
 Servem de suporte aos aminoacidos funcionais. Se forem removidos, a actividade enzimática mantem-se mas o enzima torna-se muito frágil
Aminoácidos auxiliares 
 Asseguram a mobilidade  das zonas próximas do centro activo. Asseguram a flexibilidade da molécula
Aminoacidos de contacto
 São os componentes do sitio  activo
Combinação do enzima com o substracto
Para que o substracto esteja conveniente disposto no sitio activo são necessárias três cadeias laterais que assegurem ligação, orientação no espaço e activação.
No caso da quimotripsina o imidazol da histidina assegura a ligação, o hidroxilo da serina a orientação e a triptofana a orientação.

Interacção enzima-substracto
Modelo chave-fechadura de 
  • Foi a primeira teoria apresentada
  • Admitia que a proteína estaria pré-conformada para receber o substracto tal qual como a fechadura recebe a chave  



Disposição induzida de Koshland

·         É o modelo mais aceite
·         O enzima sofreria uma alteração conformacional para se adaptar ao sitio activo 


Este modelo permite uma adaptação perfeita do substracto ao enzima
Animações

Enzimas activos e inactivos
Pró-enzimas

Alguns enzimas encontram-se num estado inactivo, o pró-enzima ou zimogenio
No proenzima o enzima está ligado a um péptido que impede a sua actividade
Quando é activado, o péptido é libertado     








Fosforilação
A fosforilação de alguns enzimas pode activa-los ou inactiva-los,. tendo a desfosforilação uma acção inversa
Na glicogénio sintetase a sua forma fosforilada é inactiva ao contrario da fosforilase
Enzimas monomericos
Têm apenas uma cadeia polipeptidica
Este grupo diz respeito a um numero pequeno de enzimas, todos actuando em reacções de hidrolise
Existem quase todos como pró-enzimas
Enzimas oligomericos
São constituídos pela reunião de varias subunidades proteicas
As subunidades que se repetem chamam-se monómeros                                               
Reacções em sequencia
No organismo geralmente os enzimas trabalham em sequencia de modo que o produto  final de uma reacção se torna o substracto da seguinte, catalisada por outro enzima e assim sucessivamente
Estes sistemas podem organizar-se em vários modos
  • As moléculas deslocam-se rapidamente de um enzima para outro, alinhados em sequencia   
  • Os enzimas reúnem-se na mesma molécula, tendo cada um um coenzima diferente - sistema polienzimatico 
Muitos isoenzimas podem ser separados por electroforese
Enzimas diferentes com a mesma actividade
Enzimas totalmente diferentes
São enzimas de composição totalmente diferente com a mesma actividade
É o caso de duas malicodeidrogenases, uma citoplasmica e outra mitocondrial
Isoenzimas
São heteropolimeros, resultantes da associação diferente de varias subunidades
Diferenças no grupo prostetico
Neste caso a diferença reside no grupo prostetico
A fosfatase alcalina e a catalase têm subunidades com ou sem acido sialico   
Variantes geneticas
Devido a mutações podem-se sintetizar enzimas com estrutura diferente, o que muitas vezes implica diferenças na sua actividade
Enzimas conjugados com outros grupos
Como vimos a fosforilase pode estar ou não fosforilada, com actividades biológicas diferentes


Capitulo 5
CINETICA ENZIMATICA

Textos

Velocidade de uma reacção enzimática
A velocidade de uma reacção enzimática é representada pela quantidade de produto formado ou consumido por unidade de tempo
Depende de:
·         Concentração do enzima
·         Concentração do substracto
·         Afinidade do enzima pelo substracto
Concentração do enzima
Se a concentração do substracto se mantiver constante, a velocidade da reacção  é proporcional à concentração do  enzima desde que haja excesso de substracto




Esta proporcionalidade só se observa quando há excesso de substracto pois caso contrario quando todo o enzima se gastou forma-se um planalto  
Concentração do substracto 
Se a quantidade do enzima se mantiver constante e a do substracto for aumentando gradualmente a velocidade da reacção aumentará até atingir um máximo, a velocidade máxima  






Após este ponto um aumento da concentração de substracto já não aumenta a velocidade porque todo o enzima existente já está combinado com o substracto
Quando a concentração do substracto é baixa a velocidade de reacção é directamente proporcional à sua concentração – reacção de  ordem 1
Para concentrações elevadas de substracto, a velocidade de reacção é independente da concentração e tendem formar um planalto devido à concentração do enzima em substracto – reacção de ordem 0   
KM
É a concentração de substracto correspondendo a metade da velocidade máxima


pH e temperatura
Tanto para o pH como para a temperatura há um valor ao qual actividade do enzima é máxima – pH e temperatura óptimos 



cortesia de Michael Gregory


cortesia de Michael Gregory
Para cima e para baixo destes valores a actividade diminui, podendo chegar a ser nula

ANIMAÇÕES

Capitulo 6
ACTIVADORES E INIBIDORES

Activadores



Mecanismos da acção activadora dos iões
Favorecem a ligação enzima-substracto
Fazem parte essencial do sitio catalítico, funcionando como coenzimas
Removem inibições existentes
Activação por protecção do  enzima
A cisteina e o glutatião protege os grupos SH da oxidação
Activação por actuação em subunidades
Alguns enzimas têm uma unidade reguladora R e uma catalítica C
Quando não combinada a subunidade R mascara a C e impede a acção do enzima
Quando combinada com o AMP cíclico liberta o sitio activo e permite a acção do enzima 


Inibidores
Textos

Inibidor competitivo
Tem uma estrutura semelhante ao substracto
O sitio activo confunde-o com o substracto, impedindo a reacção 



                    
cortesia  de Michael Gregory



 Inibidor não competitivo
Não se liga ao sitio activo
Afectam a estrutura primária do enzima, p.ex. destruindo ligações S-S  




Animações
Reversíveis e irreversíveis
Inibidores irreversíveis
Formam ligações muito fortes que não são dissociáveis
Inibidores reversíveis
Formam ligações covalentes fracas que se dissociam facilmente
Inibição pelos produtos da reacção
Os produtos da reacção, devido a alguma semelhança com o substracto, quando em excesso podem inibir o enzima   
Inibição por excesso de substracto
Quando a quantidade de substracto é muito grande, várias moléculas do substracto podem competir para o mesmo sitio activo   
Retro-inibição
O produto final da cadeia enzimática pode regular a síntese de toda a cadeia por retro-inibição
É por exemplo o caso da treonina  



Animação
Efeito alostérico
Bibliografia
Em todas as reacções metabólicas há um enzima dotado de uma reactividade particular, em geral o primeiro da sequencia – é o enzima regulador
Este enzima é inibido apenas pelo produto final X mas não pelos intermediários A,B, etc. – é o efeito alosterico
Neste caso  a molécula combina-se não com o sitio activo mas com um outro sitio, o sitio alosterico
A combinação com o sitio alosterico altera a conformação do enzima – transição  alosterica
As moléculas que actuam sobre os sítios alostericos chamam-se efectores alostericos
O efector alosterico pode inibir a reacção (efector alosterico negativo) ou activa-la (efector alosterico positivo)




cortesia  de Michael Gregory



Regulação da actividade enzimatica




cortesia de Michael Gregory


Animações


Capitulo 7
ESPECIFICIDADE  DOS  ENZIMAS


Os enzimas exibem especificidade em relação às reacções que catalisam
Especificidade absoluta
Catalisam apenas uma reacção
Especificidade de grupo
Catalisam reacções em moléculas com um determinado grupo funcional (amina,fosfato,etc)
Especificidade de ligação
Actua apenas sobre uma determinada ligação
Especificidade estereoquimica
Actua apenas sobre  um  estereoisomero


Capitulo 7
Classificação dos enzimas

Oxido- redutases
Catalisam reacções de oxidação-redução entre dois substractos.
As hidroxilases introduzem um oxidrilo



As desidrogenases eliminam hidrogénio  




Os transportadores de electrões transportam electrões com mudança de valência do metal  

Transferases

Transferem grupos funcionais de uma molécula para outra 
Hidrolases
Catalisam uma cisão pela fixação de uma molécula de agua, ficando o OH de um lado da ligação e o H doutro   

Liases

Acrescentam ou removem grupos de um substracto com  a formação de uma dupla ligação   
Isomerases

Catalisam rearranjos moleculares, formando isómeros
As racemases transformam um estereoisomero noutro.

As isomerases cis-trans transformam isómeros cis em trans   
As mutases transferem radicais de uma parte  da molécula pata outra  
Ligases

Catalisam a união de duas moléculas com energia fornecida pelo AT









Sem comentários:

Enviar um comentário