domingo, 7 de julho de 2019

Geral,Sexualidade.Contracepçao..Gravidez,ciclo ovarico,Infertilidade

O HOMEM E A MULHER

Será a mulher originária da costela de Adão como daria a entender uma interpretação literal  da Bíblia? Certamente que não
Como acentua LEONARDO BOFF trata-se de uma tradução errada do hebraico pois a palavra correcta deveria ser lado .Tratar-se-á de uma metáfora. Eva ao ter saído do lado de Adão surge assim como sua interlocutora, como sua companheira, sendo uma só carne (Gen.I 27)
A humanidade realiza-se  sempre sob a forma de homem e mulher (BOFF) numa comunidade de vida e de amor.
São as interrelações desta comunidade que iremos analisar nos próximos capítulos.



SEXUALIDADE E GENITALIDADE

É comum a confusão entre sexual e genital. Todavia, não se trata de sinónimos e é fundamental compreender a diferença entre estes dois termos.
Podemos definir como sexual todo o conjunto de reacções, sentimentos e atitudes que diferenciam o homem da mulher. Quer dizer, é-se sexuado não nos órgãos genitais, mas em toda a personalidade, psicologia, constituição física, afectividade, etc.

Como acentua CHAUCHARD, “o protótipo do ser humano não é nem o homem nem a mulher. Há duas maneira de ser iguais e complementares”. “Uma sociedade só será equilibrada se todas as suas actividades humanas forem realizadas femininamente pelas mulheres e virilmente pelos homens”. Os dois seres são incompletos, completam-se um ao outro.
A sexualidade é o nosso modo de ser humano, o modo de nos inserirmos na sociedade para as relações inter-humanas, e até mesmo de estarmos em face de Deus como homem ou como mulher. É impossível portanto não ter sexualidade; isto seria não existir.
Homem e mulher são complementares. Sentem necessidade de amar e ser amados, de um determinado homem se dar a uma determinada mulher e vice-versa. “Esta necessidade fundamental precisa-se e tende a exprimir-se dum modo especial no genital” (ORAISON), quer dizer, na existência dos órgãos genitais que poderão permitir a realização do acto conjugal, expressão física privilegiada do amor de duas pessoas de sexo complementar. Trata-se dum “ponto culminante da necessidade de amar e de ser amado” (ORAISON). Quer dizer, o genital é uma parte do sexual mas não o todo. Como frisa muito bem CHAUCHARD não temos um sexo, somos sexuados. O órgão é uma consequência do sexo e está ao serviço do sexo. Não podemos restringir o sexo ao genital pois o sexo diz respeito a todo o nosso ser (...). Ser viril não é fazer funcionar os nossos órgãos genitais, é comportar-se virilmente toda a vida.


SEXUALIDADE E PSIQUISMO

Para compreender bem todos os problemas ligados com a sexualidade torna-se necessário ter uma ideia sumária sobre a evolução do instinto sexual.
Nos animais o instinto comanda todo o seu comportamento - comem quando têm fome, bebem quando têm sede, têm relações sexuais na época do cio, etc.. No homem o comportamento deixa de ser completamente instintivo para ser orientado pela inteligência e pela vontade. Portanto, os instintos humanos são sujeitos a controle e a evolução. Como acentua ORAISON o factor regulamentador do função não se situa no instinto, mas muito acima dele na indeterminação da vontade livre.
É no domínio sexual que esta diferença de comportamento sobressai mais claramente. Enquanto que no animal a actividade sexual se encontra limitada aos períodos de atracção sexual do estro, na espécie humana não está limitada ao estro, pode surgir em qualquer momento.
Por outro lado, a existência duma alma vai acrescentar à sexualidade um componente novo, as manifestações psicológicas. O homem teria apenas fracos impulsos eróticos se o sentimento não tivesse a sua função. É por estas razões que CHAUCHARD afirmou que  o principal órgão sexual do homem é o cérebro.
Encontra-se portanto na função sexual dois componentes - o desejo genital ou erotismo e o componente afectivo ou emoção terna.
Podemos considerar o erotismo como reflexo da genitalidade e a emoção terna da sexualidade.

Todo o problema do ser humano é de fazer coexistir estes dois elementos tão diferentes. Não se trata de tolerância, duma espécie de guerra fria, mas duma coexistência enriquecedora, harmoniosa. É um equilíbrio que é preciso construir pacientemente.
Brouillet

Em todo a evolução psíquica do homem, nota-se um caminhar longo e difícil para o equilíbrio entre estes dois componentes. Quando este equilíbrio não se dá, o indivíduo fica fixo em formas de evolução mais infantis em que predomina o erotismo.
A evolução para o equilíbrio vai-se traduzindo por uma oblatividade, por uma dádiva de si cada vez maior. A tendência progressiva para a oblatividade nota-se não só em  toda a esfera sexual, mas também em todas as actividades. Quando nasce, a criança tem apenas tendências captativas, isto é, quer todas as coisas para si, fá-las suas. Pouco a pouco surgem as tendências oblativas, que a levam a dar - partilha dos brinquedos com os outros, amor ao próximo, etc.. A tendência à oblatividade na esfera sexual não é mais que uma consequência da evolução afectiva geral.
A maturidade atinge-se quando o indivíduo é capaz de se dar total e irreversivelmente a um outro ser, não o utilizando apenas como objecto de satisfação, mas dando-se a ele por amor.


A RELAÇÃO COM OS OUTROS


Entrando no assunto, faria uma primeira pergunta: Porque é que as pessoas se casam ou porque se haviam de casar? E responderia. Porque entre elas há um verdadeiro amor.
Há a notar que o amor, hoje, é uma realidade muito desvirtuada – e não só no casamento.
O que é o amor? Não vamos tentar definir o que outros não conseguiram, mas procuraremos esboçar algumas das suas características. Entre os noivos, verifica-se que foi o amor que os levou a fazer uma escolha. Escolhe-se não por esta ou aquela qualidade, mas escolhe-se esta pessoa. Nada mais há a definir. Houve, pois, uma razão, um tanto misteriosa, que os levou a escolherem-se um ao outro.
Na fase do noivado, este factor – escolha – é fundamental e acarreta por sua vez outro factor – a idealização. O outro é o melhor entre todos. Se se pretende dissuadir alguém com razões lógicas, tudo redunda em trabalho perdido. Este factor idealização, que também é próprio do amor, de um certo Depois de casados, ao desaparecerem esses óculos cor de rosa, podre começar-se a ver o outro não na verdadeira face, mas numa face pior do que a realidade.
Outro aspecto que no noivado é apenas esboçado é o desejo de dar e o desejo de possuir. Os noivos procuram estar juntos, procuram dar um pouco de si mesmos ao outro.
Estas seriam as características da primeira fase do amor de noivos: a escolha, a idealização e um desejo mal esboçado de dar e possuir.


MATURIDADE SEXUAL

A maturidade sexual supõe, por conseguinte, um equilíbrio harmonioso entre o erotismo e a emoção terna. Este equilíbrio vai-se definir pelas seguintes características:

Maturidade genital caracterizada pela existência de órgãos genitais bem desenvolvidos.
Maturidade psico-sexual que faz com que as relações se pratiquem com o sexo oposto (atracção hetero-sexual).
Maturidade afectiva pela qual um determinado homem se dá única e exclusivamente a uma determinada mulher e vice-versa. 
O que dá o seu valor específico ao acto conjugal não é nem a maturidade genital nem a atracção hetero-sexual (as duas condições existem nos animais), mas sim a maturidade afectiva, implicando electividade
Le Moel.

Uma hetero-sexualidade assim compreendida deve ser livre e liberta de todas as manifestações infantis ou adolescentes, como seja a curiosidade nunca satisfeita, a introversão, o flirt, etc..
Domínio de si que vai ajudar a manter o equilíbrio e assegurar a firmeza da orientação hetero-sexual electiva.
Desejo para lá do casal, que se poderá concretizar um dia nos filhos.

É o amor que vai dar à sexualidade humana um valor e um significado que a animal nunca poderá ter. A introdução na sexualidade humana duma riqueza extremamente elevada de valores espirituais poderá transformar, se a vontade humana o quiser, um acto puramente carnal num acto altamente espiritual. Nestes casos, que deveriam ser regra, a união das almas sobrepõe-se à união dos corpos, elevando-a a um nível superior.
É por esta razão que a dádiva total dos corpos e almas que é uma união conjugal, só se poderá compreender dentro dum ideal monogâmico. O acto sexual fora do casamento nunca poderá ser uma dádiva total, reduz-se apenas a um acto carnal desprovido de qualquer ideal superior - é a junção de corpos sem união de almas, transforma-se na satisfação egoísta de um instinto.

COMUNIDADE DE SERES SEXUADOS

A fase seguinte, já dentro do casamento, consistiria essencialmente em procurar criar uma comunidade de vida e de amor. Seres complementares um para o outro querem juntar-se para, com o que há de bom e de mau, nas boas e más horas, criarem uma comunidade, que terá de ser de vida, visto que são dois seres vivos que se juntam, e terá de ser de amor, visto ter sido o amor que os aproximou um do outro.
Este amor que os uniu irá ser a mola propulsora, o dinamismo que leva o casal a vencer os seus problemas. É preciso insistir que o amor, onde existe, se não é uma panaceia, é pelo menos uma grande força para vencer dificuldades.
Onde não há amor, mesmo que haja soluções mais fáceis, é difícil fazer uma caminhada, visto que não há vontade de caminhar.
Este amor que os uniu irá ser a mola propulsora, o dinamismo que leva o casal a vencer os seus problemas. É preciso insistir que o amor, onde existe, se não é uma panaceia, é pelo menos uma grande força para vencer dificuldades.
Onde não há amor, mesmo que haja soluções mais fáceis, é difícil fazer uma caminhada, visto que não há vontade de caminhar.
Este amor de que estamos a falar surge entre dois seres sexuados e  complementares.
O que é que entendemos por sexualidade? Num sentido geral é tudo aquilo que torna o homem diferente da mulher. Há um certo número de características físicas, anatómicas, espirituais, maneira de ser, feitio, temperamento, que permitem distinguir o homem da mulher.
Confunde-se muitas vezes sexualidade com genitalidade. A genitalidade seria um aspecto particular da sexualidade, ligado à existência de órgãos genitais e sua actividade. Isto é porque não podemos conceber uma genitalidade separada de sexualidade. Trata-se de um capítulo do conjunto.
Isto mesmo decorre da análise da evolução do instinto. O instinto é aquilo que leva o animal a fazer uma coisa de que tem necessidade vital como aa fome . Há, pois, instintos, como no exemplo apontado, cuja satisfação é obrigatória para garantir a continuidade do indivíduo.
Há um instinto que visa a continuidade da espécie, , o instinto da reprodução. A não realização deste último em todos os indivíduos duma espécie levaria à extinção da mesma espécie. Pelo contrário, se apenas parte dos indivíduos se eximiu à sua realização, a espécie não acaba.
Como a reprodução não é um acto vital do indivíduo mas da espécie, aquele poderia não ter necessidade de aplicar este instinto, se a natureza, sabiamente, não tivesse criado meios para isso. É por isso que o acto sexual está acompanhado de prazer, de modo que indivíduos de sexos diferentes se atraiam mutuamente. Deste modo, entre os animais, a fêmea só cativa o macho na altura do cio, em que ela é fecundavel
Evidentemente que no homem não é assim. No homem, para lá destes valores puramente carnais, há um espírito, uma alma. Este elemento veio introduzir em todo o conjunto da vida humana características que o animal não tem. Uma delas, e das mais importantes, é o amor.
Para o homem o acto sexual passou a ser também um acto de amor. Será um sinal do amor entre homem e mulher. Foi este o ponto de chegada na evolução do instinto.
Mas esta evolução do instinto é paralela a outras evoluções da afectividade. A evolução da generosidade segue caminhos paralelos. Um bebé é sempre egoísta: está centrado sobre ele próprio. De certo modo vive para que lhe dêem de comer, lhe proporcionem o dormir. Tudo lhe aparece feito e não lhe é pedido o mínimo de esforço, visto que vem preparado para isso. Quando nasce, numa primeira fase, continua a tudo esperar. Depois, ainda bebé, à medida que se vai desenvolvendo, começam os chamados instintos captativos: continua a querer tudo para ele.
Com a educação e evolução para a maturidade, esta tendência egoísta vai desaparecendo. A criança começa a ter também gosto em dar e ajudar. Evidentemente que se trata de uma tendência natural que deve ser desenvolvida com a educação.
Da mesma maneira o instinto sexual vai-se modificando: de certa maneira deixa de ser um instinto, visto que é mais do que uma necessidade vital de alguma coisa. Vai subindo, porque à medida que o homem ou a mulher se sentem capazes de dar, também amar mais e ama melhor: não vai apenas buscar ao outro a satisfação dum prazer, mas procura tornar o outro feliz.
A maturidade sexual implica  ser uma maturidade com escolha , selectiva (determinada) e generosa, implicando o dom de si e o desejo recíproco de dar e de fazer feliz.


COMUNIDADE DE SERES COMPLEMENTARES

Outro aspecto importante é tratar-se duma comunidade entre dois seres complementares, i.e., seres diferentes que se completam, sem discussão de superioridades. As sua características, uma vez postas em comum, embora com alguns atritos, resultam no enriquecimento um do outro. Homem e mulher são diferentes e as diferenças são complementares e da sua união resulta uma maior riqueza.
Por isso, o casamento poderia ser, como definição provisória, o desenvolvimento harmonioso de todas as potencialidades da sexualidade.
As características essenciais do amor, já esboçadas de certo modo, seriam: a atracção, que mantém os esposos juntos; o dom de si, esforço para tornar o outro feliz;  reciprocidade, que implica um fluxo de amor nos dois sentidos, na vida do casal.
As características essenciais do amor, já esboçadas de certo modo, seriam: a atracção, que mantém os esposos juntos; o dom de si, esforço para tornar o outro feliz;  reciprocidade.


O GESTO, A COMUNICAÇÃO E O DIÁLOGO: UM TERRENO COMUM

Evidentemente, se há reciprocidade pode-se ir criando um terreno comum: um terreno da vida que não pertence a ele nem e ela que pertence aos dois – é o terreno da vida do casal.
Ora esse terreno da vida tem de se desenvolver, tem de se evidenciar mediante sinais e mediante símbolos. É próprio da nossa condição  humana: temos o dom do pensamento, mas não o dom de adivinhar o pensamento dos outros. Transmitimos o que pensamos por sinais. Se eu estiver calado, impassível e inexpressivo, ninguém saberá o que estou a pensar. Para me exprimir tenho de falar, de fazer gestos, de usar expressões, que se reflectem no interlocutor através de expressões de agrado ou desagrado.
Da mesma maneira, no caso concreto, um casal que vive junto, que possui um terreno comum, tem de se exprimir com sinais que ajudam e permitem desenvolver essa vida: as palavras, o gesto as ajudas domésticas, o elogio, as praxes sociais, os pequenos nadas tão influentes, as coisas banais mas importantes de que se nutre o interesse de um pelo outro.
E como o casal não é apenas espírito nem é apenas corpo, nesta linguagem dos sinais não bastam as palavras. Há uma progressão dos sinais sensíveis e mesmo físicos, desde os iniciais – beijo e ternura dos noivos – , até ao sinal físico mais importante do casal – o acto conjugal. Todos são sinais do amor que os esposos têm um pelo outro.
É por isso que o acto conjugal fora do casamento  tem um valor muito curto e muito pequeno. Realizado por um casal que se ama, o seu significado é extraordinário, porque
é um sinal físico, sensível, do amor que une os dois: é a expressão de uma realidade que o transcende. Por este motivo consideramos equívoca a chamada experiência pré-conjugal. Esta isola o aspecto carnal como fundamental, hipertrofia-o, e tudo o que estiver para lá dos corpos perde o interesse.
Por outro lado, esta posição equivaleria dizer que o acto conjugal terá sempre o mesmo valor, o mesmo significado e a mesma intensidade durante toda a vida do casal. Ora não é assim, porque o próprio casal tem de aprender. O acto conjugal no início de casados não tem o mesmo valor, o mesmo significado e a mesma intensidade de alguns anos depois. Há uma aprendizagem e una caminhada para uma perfeição e uma maturidade que só se atinge após uma experiência relativamente longa, fácil ou difícil. Nem sempre é fácil conseguir a harmonia conjugal, mas ela não se consegue à primeira vez. Esta noção é tão importante como esquecida.

LUGAR DO CORPO EM RELAÇÃO AO AMOR

Dum modo geral, faz-se uma dissociação entre o amor espiritual e o amor genital. A consideração pelo aspecto genital é tão pouca que muita gente pensa que falar dele em paralelo com o espiritual é misturar roupa suja com roupa limpa. Esta ideia é completamente errada - trata-se de dois aspectos do mesmo amor, um espiritual e outro carnal, que se completam. Como não somos espíritos, o nosso corpo também deve participar na comunidade de vida e de amor que é o casamento.
Platão e S. Agostinho, entre outros Autores, tinham uma ideia muito desfavorável sobre a parte carnal do casamento. S. Agostinho considerava o acto conjugal como um mal necessário, justificável apenas tendo em vista a procriação. Todo o encontro carnal seria origem pelo menos de pecado venial e o ideal do casamento seria a continência total. Estas ideias enraizaram-se na Igreja e no espírito dos católicos. Só modernamente se reviu esta situação, dando-se ao acto conjugal o seu verdadeiro significado. Todavia, muitas pessoas ainda não apreenderam estas novas noções e continuam a fazer juízos segundo as ideias antigas, hoje totalmente ultrapassadas. Não existem ainda hoje casais que não comungam porque tiveram uma relação sexual na véspera?
Por outro lado, vivemos numa época em que se exalta o erotismo, ou seja os aspectos genitais desligados dos espirituais. Basta ver as revistas de actualidades, filmes, anúncios, etc.. Incluindo, não há quem pense que o fim do casamento é a possibilidade de ter relações sexuais legalizadas?
Estamos todos condicionados sobre estes problemas pelo erotismo ambiente em que o amor é apreciado essencialmente como carnal.
Este aspecto é tão errado como o anterior. É tão errado abstrair do amor o seu aspecto carnal como dar um exclusivo a este aspecto. O papel do corpo é exprimir os sentimentos do coração, um estado de alma. Dar uma hipertrofia ao carnal é esquecermo-nos de qual é o verdadeiro papel do corpo.



O ACTO CONJUGAL

Deus criando o homem e a mulher de modo que o acto sexual fosse ao mesmo tempo possível origem de uma nova vida a fonte de prazer e deleite, certamente não se enganou. Como disse Clemente de Alexandria não devemos ter vergonha de falar naquilo que Deus não teve vergonha de criar.
A própria Bíblia nos diz que ao criar o homem e a mulher Deus lhes disse para crescerem e se multiplicarem e viu que isto era muito bom (Gén., I, 31) e quis que se tornassem numa só carne(XI, 24).
Pio XII acentuou bem estes factos dizendo que o Criador querendo para a propagação do género humano servir-se do homem e da mulher unindo-os no casamento, estabeleceu que nesta função os esposos sentissem um prazer e uma volúpia do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada de mal procurando este prazer e gozando-o aceitam o que o Criador lhes destinou.
Estão, portanto, fora da verdade aqueles que consideram a vida sexual no casamento uma actividade grosseira e imperfeita, fonte de faltas e origem de pecados.
Por outro lado o acto conjugal além de permitir que se faça a união dos corpos, indispensável para que haja harmonia perfeita no casamento, é também ponto de partida para a união das almas.
Há muitas mulheres que pensam que o objectivo fundamental e por vezes único do casamento é a possibilidade de poderem ter filhos. Ora, afirmar isto equivale a ignorar que além de serem ordenadas para a fecundidade, as relações sexuais também são acima de tudo destinadas providencialmente para expandir e intensificar o amor conjugal.

Características  do acto conjugal
O acto conjugal deve ser cada vez mais a expressão dum amor oblativo - Por maior necessidade ou desejo que um cônjuge tenha, a união conjugal deve ser um acto mútuo, que diga sempre respeito aos dois cônjuges. Interessa tanto ou mais dar prazer ao outro do que ter prazer.
<As uniões conjugais não podem ser separadas do clima amoroso do lar - O acto conjugal deve ser uma das expressões do amor que os esposos dedicam um ao outro. Se a atracção física e o acto conjugal têm a sua parte não se devem tornar o elemento único ou mesmo primordial.


CONCLUSÃO

A sexualidade é uma modalidade de ser humano que não se reduz à unidade, mas leva à dualidade. Este dado de base é duma importância fundamental e está na base das seguintes proposições adaptadas de BROUILLET, que resumem o que dissemos:
- A sexualidade convida-nos a nos tornarmos o que somos, um homem ou uma mulher.
- A sexualidade leva-nos a descobrir o outro como diferente e a aceitá-lo assim.
- A sexualidade leva-nos ao equilíbrio e à maturidade.
-A sexualidade leva-nos a sair de nós próprios, da auto-suficiência, da solidão, do egocentrismo.
- A sexualidade pede e realiza a formação dum casal, dum nós.
- A sexualidade tem a sua expressão física privilegiada no dom dos corpos.
- A sexualidade leva ao desejo de ter filhos, e por conseguinte a uma fecundidade racional.


SEXUALIDADE

Informaçoes gerais
Directorios

Textos

Fisiologia da ereção e ejaculação
Fases

Na fase de repouso o volume, pressão intracavernosa e fluxo sanguíneo mantêm-se constantes
Na fase de tumescência o volume aumenta e a pressão intracavernosa sobe progressivamente
Na fase de erecção o volume mantem-se constante. A pressão  intracavernosa atinge um máximo no início da fase e mantem-se constante
Na fase de destumescência volta-se progressivamente à fase de repouso

Mecanismo

A excitação sexual desencadeia um reflexo parasimpático que provoca a  libertação local de NO
O NO  aumenta a produção de GMP cíclico que causa a dilatação das artérias helicinas,  que irrigam os corpos erécteis
Estes enchem-se de sangue causando a erecção

Excitação sexual

Parasimpatico

NO

Dilatação das veias helicinas 
LINKS



File:Figure 28 01 06.jpg



Molecular physiology of penile erection. cGMP, cyclic guanosine monophosphate


Historia da sexualidade

File:Gray1154.png

Ciclismo e impotência

Desejo sexual compulsivo

Desejo sexual reduzido



Illustration of erect penis

Alprostadil

Avanafil ( spedra,stendra))

Cialis( Tadalafil)

Implantes no pénis

Levitra(Vardenafil)

Viagra (sidenafil)


Terapia pelo vácuo na disfunção erectil
Disfunçao orgasmica

Disfunçao sexual feminina

 Dispareunia


Ejaculação demorada


Ejaculaçao precoce
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/retrograde-ejaculation/diagnosis-treatment/drc-20354896
https://www.webmd.com/infertility-and-reproduction/guide/retrograde-ejaculation

Electroejaculaçao

Hermafroditismo


Homosexualidade e SiDA

Masturbaçao

Pseudohermafroditismo
Tamanho do pénis

Transsexualismo


CONTRACEPÇAO

Informaçoes gerais
Directorios

Textos


Informaçao especializada
.Abstinencia sexual

Anel vaginal




Capa cervical
Cervical Cap



Fem isa 3.gif
1- bexiga
2- Ossos pubicos
3- Uretra
4- Vagina
5- Uter6-
7- Colo do utero
8 - Diafragma
9- Recto


Dispositivo intrauterino (IUD)
File:IUDCPCopperT380A.gif






Esterilizaçao feminina

Implante contraceptivo

File:Implanon implantation.webm

Injecçao contraceptiva


Metodos naturais

Penso preservativo


Pilula

Hiperdosagem da pilula

Pilula e cancro

Pilula  e  tromboembolias venosas


 Pilula do dia seguinte.


SIDA  e contraceptivos

Vasectomia
https://en.wikipedia.org/wiki/Vasectomy
File:Vasectomy diagram-en.svg

http://www.nhs.uk/Conditions/contraception-guide/Pages/vasectomy-male-sterilisation.aspx


Reversao da vasectomia
Vasectomy



Gravidez

Informaçoes gerais

Directorios

Textos
Informaçoes especializadas


Abruptio placenta
 

 Blausen 0737 PlacentalAbruption.png
Acidos omega 3 na gravidez

Alcoolismo na gravidez
Alergias na gravidez
Alfa-fetoproteinas na gravidez

Alimentaçao na gravidez



Anemia na gravidez
Anfetaminas na gravidez
 


 Como as drogas atravessam a placents


Anticoagulantes na gravidez
http://www.apicareonline.com/anticoagulation-therapy-during-pregnancy-and-puerperium/
Antidepressores na gravidez

Benzodiazepinas na gravidez

Caimbras na gravidez

Canabis na gravidez
Cefaleias na gravidez

Colestase na gravidez

Complicaçoes da gravidez
Cuidados pre-natais

Defeitos de nascimento

Depressao post- parto
http://kidshealth.org/parent/emotions/feelings/ppd.html

Despiste pre-natal

Diabetes  gestacional
Doenças da tiroide na gravidez
Enjoos na gravidez
Erupçao polimorfica da gravidez
File:PUPPP 2007-05-06 front2.jpg
Polymorphic eruption of pregnancy

pregnant woman swimming

http://www.nhs.uk/conditions/pregnancy-and-baby/pages/pregnancy-exercise.aspx#close
Pregnant woman running

Fadiga na gravidez

Falha precoce da gravidez  (blighted ovum)

Fetus in fetu

Fistula obstetrica
Obstetric Fistula Locations Diagram.png






 Gravidez ectopica

Gravidez na esclerose multipla


Gravidez na SIDA

HELLP

Hemorragias na gravidez
http://www.nhs.uk/conditions/pregnancy-and-baby/pages/vaginal-bleeding-pregnant.aspx
http://www.bounty.com/pregnancy-and-birth/pregnancy/pregnancy-other-conditions/bleeding-and-spotting-in-pregnancy

Hemorroidas na gravidez
Hidramnios
Hydramnios
Hidropsia fetal

Hipertensao gestacional

Incompatibilidade Rh
Part 1



Infecçoes na gravidez


Medicamentos na gravidez

 Mudança das mamas na gravidez

As your bump expands and hormones affect your skin in pregnancy,stretch marks, itchiness and dryness can occur.


Estrias da gravidez


Melasma


Prurigo



Pemphigoid gestationis



Impetigo herpetiforme

http://www.acog.org/Patients/FAQs/Skin-Conditions-During-Pregnancy
Peso fetal
https://en.wikipedia.org/wiki/Birth_weight#/media/File:Weight_vs_gestational_Age.jpg


Pica

Placenta
 Placenta.svg



Placenta previa
Anatomy of a normal placenta


Placenta normal

Placenta previaPlacenta previa







Placenta previa.



Complete or total placenta previa. The entire cerv




Psicologia da gravidez

Pre- eclampsia
Preeclampsia







Restriçoes ao crescimento intrauterino







Sindroma  da transfusao gemeo a gemeo

TTTS laser cartoon.JPG

http://www.chw.org/medical-care/fetal-concerns-center/conditions/infant-complications/twin-to-twin-transfusion-syndrome/

TTTS300



























Tabagismo na gravidez


Testes para a gravidez
Toxicodependencia na gravidez
Ultrassonografia fetal
http://www.mayoclinic.org/tests-procedures/fetal-ultrasound/basics/definition/prc-20014506

Image of a fetal ultrasound slide showing baby's profile




https://www.nlm.nih.gov/medlineplus/childbirth.html


Estadios do parto


Cordao umbilical


 Image of umbilical cord at birth



Expulsao da placenta



 







Informação especializada


Apagamento
 Illustration of fetus head pushing on effacing cervix

 While you are pregnant, your cervix is usually around 2 to 3 cm long. In late pregnancy or early labor, Braxton Hicks' practice contractions start to shorten the cervix, a process known as effacement. Most women have a cervix that has shortened to 1 cm during the very early stages of labor. This is also referred to as 50 percent effaced. As the cervix continues to shorten, the cervix is gradually drawn up by the uterus, and by the time it is 100 percent effaced, the cervix will have started to open.

 Cesareana

Complicaçoes do  parto

Distocia

 Clinical expert-based estimation of progression of prolonged labour to stillbirth and obstetric fistula development in high-risk sub-Saharan African countries



Episiotomia

Induçao do parto

Parto de costas

Parto de  multiplos

Parto natural

Parto prematuro

Posiçoes no parto

Tecnicas do parto

Traumatismos no nascimento


CICLO OVÁRICO
Ovogénese

Embrião

Em contraste com o homem a ovogénese começa no embrião
As celulas  germinais (ovogónias) dividem-se por mitose para formar mais ovogónias e ovocitos primários
O pico máximo atinge-se às 20 semanas, altura em que haverá 6 a 7 milhões
No nascimento haverá 1 a 2 milhões
Fizeram os primeiros passos da meiose (meiose I) e pararam






Maturidade

Até à criança se tornar sexualmente madura não haverá mais desenvolvimento
Os ovocitos primários retomarão então o seu desenvolvimento completando a meiose I dando um pequeno corpo polar e um ovocito secundário
O  ovocito secundário entra na meiose II mas para na metáfase




Fecundação

Termina-se o desenvolvimento


Fases do ciclo

Fase folicular


Transformação do folículo primordial em primário

As células que rodeiam o ovocito de primeira ordem crescem e o ovocito aumenta

Transformação em secundário

As células foliculares tornam-se granulosas por passarem a ter váriascamadas
Estas células estão ligadas ao ovocito por junções abertas que deixam passar iões, metabolitos e moléculas de sinalização
Um dos sinais desencadeia a maturação do ovocito
Uma camada de conjuntivo condensa-se à volta do folículo para formar a teca folicular
As células granulosas continuam a dividir-se
As células da teca produzem androgénios e as granulosas convertem-nos em estrogénios
As células granulosas segregam uma glicoproteina que formam à volta do ovocito uma membrana e transparente, a zona pelucida
Constitui-se o antro folicular pela acumulação dum líquido transparente

Transformação em folículo maduro

O  antro continua a encher-se até isolar o ovocito num pedículo situado num pólo do folículo
Quando o folículo atinge as suas dimensões máximas (cerca de 2,5 cm de diâmetro), sobressai sobre a superficie externa e diz-se maduro

Ovulação

A parede do ovário rompe-se no sítio em que o ovocito faz saliência




Fotografia da ovulação


Em cada ciclo amadurecem vários folículos mas normalmente só um, o folículo dominante estará maduro quando surge o estimulo da ovulação (LH)
Os outros folículos maduros (folículos atresicos) degeneram
Quando é expulso mais que um ovocito maduro surge uma gravidez múltipla





http://www.brown.edu/Courses/BI0032/gentherp/oogIC.html Formação do óvulo maduro e fecundação




Reproduced with permission from www.endotex .org  the FREE online Endocrinology  textbook
cortesia de Leslie de Groot


Fase luteal

O  antro preenche-se de sangue que coagula e será reabsorvido
As células granulosas aumentam de volume e juntamente com as células da teca formam o corpo amarelo que segrega progesterona e alguns estrogénios
Se não houver gravidez 10 dias depois o corpo amarelo começa a degenerar ficando apenas uma cicatriz, o corpus albicans
Se houver gravidez o corpo amarelo persiste até que a placenta comece a funcionar




Cortesia de Roger Walker








Aparição do ciclo

Na infância os ovários segregam pequenas quantidades de estrogénios que inibem a libertação de Gn-RH
Com a puberdade o hipotálamo torna-se menos sensível aos estrogénios e começa a segregar Gn-RH ciclicamente, estimulando a secreção pela hipófise de FSH e LH
Durante cerca de quatro anos as gonadotrofinas segregadas não são suficientes para desencadear a ovulação
A partir de uma certa altura atingem-se os valores adequados e surge a primeira ovulação acompanhada da primeira menstruação (menarca)
No dia 1 do ciclo a Gn-RH estimula a secreção de FSH e LH
A FSH e LH desencadeiam a maturação do folículo
Quando o folículo cresce começa a segregar estrogénios
A LH estimula as células tecais a produzir androgénios que se difundem pela membrana basal para as células granulosas sensibilizadas pela FSH os transformar em estrogénios
A concentração crescente de estrogénios inibe a secreção hipofisaria de FSH e LH, inibição ampliada pela secreção de inibina pelas células foliculares, que inibe a FSH
Quando a concentração de estrogénios atinge um pico máximo, desencadeia-se uma libertação brusca de LH, o que se passa no meio do ciclo
A LH estimula a maturação dos ovocitos
O sangue deixa de circular na zona saliente do folículo, este rompe-se surgindo a ovulação
A LH transforma o folículo roto em corpo amarelo que produzirá testosterona e uma pequena quantidade de estrogénios, acarretando uma baixa de LH e FSH com a consequente falta de estimulação para a maturação de novos folículos
A diminuição gradual de LH faz cessar a estimulação do crescimento do corpo amarelo e este começa a degenerar com a paragem da secreção das hormonas ováricas e a vinda da menstruação
No fim do ciclo o nível das hormonas ováricas desce muito, permitindo uma nova estimulação da Gn-RH e o inicio de um novo ciclo




FGSH e LH no ciclo
cortesia de paternityangel










Hormonas no ciclo ovarico
~




Reproduced with permission from www.endotex .org  the FREE online Endocrinology  textbook
cortesia de Leslie de Groot


FECUNDAÇAO














Desenvolvimento embrionário











 Desenvolvimento embrionário





 Blastula




 Nidação



- Placenta






Vídeo sobre fecundação


Vídeo sobre desenvolvimento embrionáro



INFERTILIDADE

Directorios




Textos

Causas


Infographic of baby conception and infertility











































  








Sem comentários:

Enviar um comentário