segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

LIVROS - Metabolismo dos glucidos

METABOLISMO DOS GLUCIDOS


Digesrão e transporte dos glucidos
Patologia da digestãoa e transporte dos glucidos
Glicolise
Destinos do acido piruvico
Produção de energia do musculo
Patologia da glicolise
Glicogenese
Glicogenolise
Glicogenoses
Neoglicogenese
Regulação do metabolismo dos glucidos
Patologia da neoglicogenese
Regulaçao da glicemia
Diabetes
Sindroma plurimetabolico
Ciclo de Dickens-Horecker
Patologia do ciclo de Dickens- Horecker
Metabolismo das hexoses e da lactose
Patologia do metabolismo das oses
Metabolismo do acido glicuronico
Metabolismo dos derivados das


CAPITULO 1

DIGESTÃO E TRANSPORTE DOS GLUCIDOS



Amilases


Amilase salivar



Encontra-se na saliva como ptialina

A digestão do amido começa na boca

A mucina salivar é importante para a sua lubrificação e dispersão

A amilase salivar hidrolisa ao acaso ligações internas a-1,4 – é portanto uma endoglicosidase

Quando o bolo alimentar chega ao estomago, a amilase é desnaturada, deixando de actuar, excepto uma pequena fracção contida no interior do bolo alimentar 








 Acção da amilase salivar

Amilase pancreática
O processo digestivo continua quando os alimentos chegam ao duodeno.
As secreções pancreática contêm bicarbonato e amilase
Os bicarbonatos neutralizam a acidez, permitindo a acção da amilase pancreática
Os bicarbonatos neutralizam a acidez, permitindo a acção da amilase pancreática

Nesta fase formm-se  diholosidos com ligações 1-4( maltose e isomaltose) e 1-6 (isomaltose) e oligosidos contendo até 8 residuos glicosilo alguns com ligações 1,6 (dextrinas-limite)2069



Bibliografia
Glicosidases
A hidrolise dos diholosidos e das dextrinas limites faz-se através de glicosidases colocadas nas membranas das células em escova das vilosidades intestinais.
As glicosidades agruparam-se em quatro complexos diferentes:
Complexo sacarase-isomaltase
Hidrolisa a sacarose, maltose e isomaltose
Tem duas subunidades a sacarase , que hidrolisa a sacarose e a maltose e a isomaltase
Está mais concentrada no jejuno, diminuindo para as extremidades proximal e distal do intestino
Complexo glico-amilase
Actua sobre as dextrinas limite e é também uma  maltase.
A sua actividade aumenta progressivamente ao longo do intestino, sendo máxima  no ileon
Complexo beta-glicosidase( lactase)
Hidrolisa a lactose em glicose e galactose
A sua distribuição no intestino é igual à do complexo sacarase-isomaltase
Trealase
Hidrolisa o diholosido trealose
A trealose não é um componente essencial da alimentação pois encontra-se em insectos, algas e cogumelos.
Foram descritos sintomas graves num deficiente em trealase que ingeriu muitos cogumelos
Absorção e transporte dos glucidos
Glicose
A glicose é muito polar e não se difunde através dos fosfolipidos da membrana celular.
Cada oxidrilo da glicose forma pelo menos duas pontes de hidrogénio com moléculas de agua.
É assim necessário energia para deslocar os grupos polares das pontes de hidrogénio e para contrariar as forças de van der Waals com os ácidos gordos dos fosfolipidos.
Este objectivos conseguem-se com proteínas de transporte, designadas por família GLUT
Há dois tipos de transporte -os dependentes do sódio, utilizando a bomba de sódio, e os de difusão  facilitada, independentes do sódio.
Dependentes do sódio
São os transportadores GLUT 5 localizados no lado luminal das células absortivas intestinais.
Permitem concentrar glicose a partir do lume intestinal
Neste processo o transporte  da glicose está associado ao transporte activo de sódio gerado pela bomba de sódio, embora a glicose seja captada por difusão facilitada.
A energia dará a captação do sódio é dada pela hidrolise do ATP, catalisada pela Na+K+ ATPase.
O sódio move-se para o sangue por troca com o potássio
Os bicarbonatos neutralizam a acidez, permitindo a acção da amilase pancreática

Nesta fase formm-se  diholosidos com ligações 1-4( maltose e isomaltose) e 1-6 (isomaltose) e oligosidos contendo até 8 residuos glicosilo alguns com ligações 1,6 (dextrinas-limite)2069



Glicosidases
A hidrolise dos diholosidos e das dextrinas limites faz-se através de glicosidases colocadas nas membranas das células em escova das vilosidades intestinais.
As glicosidades agruparam-se em quatro complexos diferentes:
Complexo sacarase-isomaltase
Hidrolisa a sacarose, maltose e isomaltose
Tem duas subunidades a sacarase , que hidrolisa a sacarose e a maltose e a isomaltase
Está mais concentrada no jejuno, diminuindo para as extremidades proximal e distal do intestino
Complexo glico-amilase
Actua sobre as dextrinas limite e é também uma  maltase.
A sua actividade aumenta progressivamente ao longo do intestino, sendo máxima  no ileon
Complexo beta-glicosidase( lactase)
Hidrolisa a lactose em glicose e galactose
A sua distribuição no intestino é igual à do complexo sacarase-isomaltase
Trealase
Hidrolisa o diholosido trealose
A trealose não é um componente essencial da alimentação pois encontra-se em insectos, algas e cogumelos.
Foram descritos sintomas graves num deficiente em trealase que ingeriu muitos cogumelos

Absorção e transporte dos glucidos
Glicose
A glicose é muito polar e não se difunde através dos fosfolipidos da membrana celular.
Cada oxidrilo da glicose forma pelo menos duas pontes de hidrogénio com moléculas de agua.
É assim necessário energia para deslocar os grupos polares das pontes de hidrogénio e para contrariar as forças de van der Waals com os ácidos gordos dos fosfolipidos.
Este objectivos conseguem-se com proteínas de transporte, designadas por família GLUT
Há dois tipos de transporte -os dependentes do sódio, utilizando a bomba de sódio, e os de difusão  facilitada, independentes do sódio.
Dependentes do sódio
São os transportadores GLUT 5 localizados no lado luminal das células absortivas intestinais.
Permitem concentrar glicose a partir do lume intestinal
Neste processo o transporte  da glicose está associado ao transporte activo de sódio gerado pela bomba de sódio, embora a glicose seja captada por difusão facilitada.
A energia dará a captação do sódio é dada pela hidrolise do ATP, catalisada pela Na+K+ ATPase.
O sódio move-se para o sangue por troca com o potássiio
O sódio move-se para o sangue por troca com o potássio 









 Transporte dependente do 





Transporte independente do sódio


GLUT 1 e 3

Encontram-se em todas as células menos as do fígado e pâncreas.

São responsáveis pela captação básica de glicose, permitindo uma difusão lenta mas regular da glicose



GLUT 2

Encontram-se no fígado e células beta do pâncreas

Permitem a entrada de glicose para o fígado e células beta quando o GLUT 1 está saturado


GLUT4

Encontram-se nos adipocitos e  nas células dos músculos esqueléticos

São regulados pela insulina

Quando este transportador está saturado a secreção de insulina aumenta

A insulina activa o gene GLUT 4







Capitulo 2

                            PATOLOGIA DA DIGESTÃO E TRANSPORTE DOS GLUCIDOS   




Cólera



A exotoxina do vibrião da cólera inibe a formação do AMP cíclico, o que acarreta a  diminuição da absorção de agua e sódio do lume pelas células intestinais

Acresce-se o aumento de cloro, catiões e agua no lume, pela acção da toxina sobre as criptas

Estes factos levam a uma diarreia intensa que pode atingir 1 l./hora com grande perda de solutos, o que acarreta uma desidratação intensa.


Exotoxina




                                                                 « AMP cíclico                                                      criptas



                                                              «  Absorção  de Na e K                            » cloro, catiões e agua




DIARREIA ATÉ l l/h

Desidratação





Como o transporte dependente de sódio não é afectado pela toxina, a administração oral de glicose e sódio aumenta a captação de glicose e sódio, acompanhada da de cloro e água, diminuindo assim a gravidade dos sintomas







Deficiência em lactase


Deficiência congénita em lactase


É muito rara

A lactose acumulada transforma-se em acido láctico provocando diarreias intensas e cólicas após a introdução de leite ou produtos lácteos


Deficiência em lactase associada à prematuridade
O enzima não é sintetizado na altura do nascimento mas passa a sê-lo após alguns dias



Deficiência do adulto


A maior parte é adquirida                                                

Muitas alterações generalizadas do intestino podem produzir deficiências em dissacaridases pois estes enzimas estão colocados no bordo em escova das células intestinais.

Possivelmente acontece em indivíduos geneticamente predispostos



Tratamento


Nas crianças deverá ser prescrita uma alimentação sem leite. A dieta deverá evitar a falta de nutrientes essenciais

O adulto com esta  deficiência tolera pequenas quantidades de leite e por isso deve conhecer os limites

O iogurte e o queijo são melhor tolerados devido à fermentação parcial da lactose



Deficiências em sacarase – isomaltase e em maltase


A deficiência congenita em sacarase-isomaltase é mais frequente que a da lactase

As deficiências adquiridas de sacarase-isomaltase e de maltase são muito raras

Os sintomas são semelhantes aos da insuficiência em lactase





                                                                 Doença celiaca         



Causas


A mucosa do intestino delgado proximal é sensivel ao glúten alimentar

A doença não surge sem a ingestão previa de produtos com glúten

Normalmente surge entre os seis meses e 2 anos e constitui uma intolerância permanente ao glúten

O glúten encontra-se no trigo, centeio e cevada



Patogenese


A acção deve-se à gliadina que contem sequencias de aminoacidos repetidas que levam à sensibilização dos linfocitos da lamina própria

Há uma predisposição genética

A resposta imunitária desencadeia uma reacção inflamatória que leva à atrofia das vilosidades, hiperplasia das criptas e lesão do epitelio superficial do intestino delgado

A lesão é mais intensa no intestino delgado proximal e estende-se progressivamente para a parte distal

Este  facto explica a variabilidade dos sintomas



Sintomas

O mais comum é a diarreia

10% das crianças têm atraso de crescimento sem diarreia

Anorexia e perda de peso são frequentes



Tratamento


Alimentação totalmente isenta de glúten durante toda a vida

Todos os produtos com trigo, centeio e cevada devem ser proscritos

Muitos alimentos processados têm glúten



Crise celíaca


Diarreia grave, perda de peso, hipocalcemia, hipoproteinemia

O tratamento pode incluir corticoides



Capitulo 3

GLICOLISE





Provem das palavras gregas glyko(doce) e lysis(desaparecimento)

É a transformação da glicose em ácido piruvico ou acido láctico em anaeróbios

É uma via citoplasmica

Nas leveduras é a via final da destruição da glicose

Nos animais, à glicolise segue-se a via aerobica, representada pelo ciclo de Krebs





Etapas



A animação seguintes permitem uma boas compreensão da glicolise:






Formação da glicose-6- fosfato


A glicose para entrar na célula tem de se fosforilar  em glicose-6-fosfato,pela acção da hexocinase

A energia é fornecida pelo ATP








Isoenzimas da hexocinase



Na maior parte dos tecidos existem os isoenzimas I, II e III, muito sensíveis mas pouco específicos

No fígado é abundante o enzima IV ou glicocinase enzima especifico mas pouco sensível, o que lhe permite actuar sobre as altas concentrações  de glicose que se observam após as refeições

As hexocinases são enzimas  alostericos, regulados pelo produto da reacção, a glicose-6-fosfato



Formação da fructose-6-fosfato


É a conversão duma aldose numa cetose

O enzima é a fosfohexose isomerase 






http://www.dbio.uevora.pt/jaraujo/biocel/glicolise.htm





Formação da fructose – 1,6 – bisfosfato


A fosfofructocinase catalisa a fosforilação da frutose-6- fosfato





É uma reacção irreversivei, necessitando de ATP

Criou-se um ponto fraco na molécula que irá facilitar a sua posterior cisão









Cisão da frutose-1,6- bis  fosfato


A frutose 1-6 bisfosfato  é cindida em duas triose-fosfato, o fosfogliceraldedo e a fosfodihidroxiacetona pela acção da aldolase

As duas triose fosfato isomerizam-se uma na outra pela triose-fosfato isomerase

Como o fosfogliceraldeido é a única triose a ser utilizada, a fosfodihidroxiacetona ir-se-á transformando em fosfogliceraldeido
















Formação do gliceraldeido 1,3-bisfosfato


A triose fosfato deidrogenase desidrogena o gliceraldeido 1,3 – bisfosfato, associada a uma fosforilação, com a formação de uma ligação fosfato de forte potencial

O hidrogénio libertado é captado pelo NAD 
A triose fosfato deidrogenase desidrogena o gliceraldeido 1,3 – bisfosfato, associada a uma fosforilação, com a formação de uma ligação fosfato de forte potencial

O hidrogénio libertado é captado pelo NAD 











Transformação em 3-fosfoglicerato


O fosfato de forte potencial é transferido para um ADP, formando-se 3 – fosfoglicerato.

A reacção é catalisada pela fosfogliceratocinase






Isomerisação em 2-fosfoglicerato


Esta reacção é catalisada pela fosfogliceromutase

Formação do acido fosfoenolpiruvico


A enolase catalisa a formação de um enol e de um fosfato de forte potencial



Formação do acido piruvico


Forma-se por desfosforilação pela acção da piruvato cinase com formação de um ATP




















Regulação da glicolise

Fosfofructocinase


É o enzima regulador primário da glicolise

É inibida alostericamente pelo ATP que diminui a sua afinidade para o substracto

O citrato é um inibidor porque impede a ligação do ATP ao sitio alosterico

Quando o estado energético da célula é baixo (AMP e ADP baixos), o ATP  é deslocado do sitio alosterico pelo AMP




Fructose-2,6 – bisfosfato


É o efector alosterico mais potente da fosfofrutocinase

A sua síntese é catalisada por um enzima bifuncional, a fosfofrutocinase 2, que actua como fosfatase quando fosforilada e como cinase como desfosforilada
A fosforilação é activada pelo AMP cíclico. Por esta razão os  estimuladores do AMP cíclico ( adrenalina, glucagina) inibem a glicolise e os inibidores(insulina) estimulam




























Regulação da glicolise

Fosfofructocinase


É o enzima regulador primário da glicolise

É inibida alostericamente pelo ATP que diminui a sua afinidade para o substracto

O citrato é um inibidor porque impede a ligação do ATP ao sitio alosterico

Quando o estado energético da célula é baixo (AMP e ADP baixos), o ATP  é deslocado do sitio alosterico pelo AMP




Fructose-2,6 – bisfosfato


É o efector alosterico mais potente da fosfofrutocinase

A sua síntese é catalisada por um enzima bifuncional, a fosfofrutocinase 2, que actua como fosfatase quando fosforilada e como cinase como desfosforilada
A fosforilação é activada pelo AMP cíclico. Por esta razão os  estimuladores do AMP cíclico ( adrenalina, glucagina) inibem a glicolise e os inibidores(insulina) estimulam











Hexocinase


As hexoquinases I,II e III, mas não as IV são reguladas indirectamente pela fosfofrutocinase 1.

Se este enzima é inibido acumula-se frutose-6-fosfato que pela lei da acção das massas forçará a reacção reversível da fosfoglicoisomerase, originando a glicose-6-fosfato que é um inibidor das  hexocinases




Piruvato-cinase


Tem quatro subunidades

Tem três isoenzimas : M existente no  musculo, L no fígado e A  nos outros tecidos

Pode haver duas formas de regulação: alosterica e fosforilação


Regulação alosterica


O substrato liga-se  às quatro subunidades do enzima de um modo cooperativo, de um modo semelhante à ligação do oxigénio com a hemoglobina

Todos os isoenzimas são inibidos pelo acetil-CoA

A fructose-1,6 – bisfosfato é um activador

O ATP e a alanina são inibidores alostericos



Regulação por fosforilação


Só se passa no isoenzima L

A fosforilação estimulada pelo AMP cíclico inibe o isoenzima

A inibição produzida pelo AMP cíclica, produzida por exemplo pela glucagina, faz dirigir o fosfoenolpiruvato para a neoglicogenese



Balanço energético



O numero de ATP formados em anaerobiose é reduzido , em oposição aos formados em aerobiose



Ciclo de Rapaport-Luebring



No eritrocito encontra-se o ácido 2,3 – bisfosfoglicerico

As suas cargas negativas unem-se às cadeias de carga positiva da  hemoglobina facilitando a expulsão 

Forma-se a partir do acido 1,3-bisfosfoglicerico pelo ciclo de Rapaport-Luebring

Aumenta  em populações vivendo em altas altitudes devido à falta de oxigénio, em situações de anoxia,e em doenças crónicas em que haja má distribuição de oxigénio e em anemias graves
















CAPITULO 4

DESTINOS DO ACIDO PIRUVICO



Aerobiose



Mecanismos


O acido piruvico é descarboxilado em acetil-CoA

Esta descarboxilação tem um mecanismo semelhante à do acido a-cetoglutarico no ciclo de Krebs

São cofactores o pirofosfato de tiamina(PTT), coenzima A e acido lipoico

O complexo multienzimatico tem três enzimas – piruvato deidrogenase( PDH), dihidrolipoil
São cofactores o pirofosfato de tiamina(PTT), coenzima A e acido lipoico

O complexo multienzimatico tem três enzimas – piruvato deidrogenase( PDH), dihidrolipoil transacetilase e piruvato deidrogenas









Regulação


A piruvato deidrogenase existe sob uma forma activa, desfosforilada, e inactiva fosforilada

A fosforilação e desfosforilação dependem da PDH cinase e da PDH fosfatase, respectivamente

Estes enzimas dependem do AMP cíclico

Quando o nível energetico da célula é alto( aumento de ATP,NADH e acetil CoA)a cinase é activada

0


Anaerobiose


Revisões de conjunto







Fermentação láctica
No decorrer de esforços musculares intensos, não há um aporte de oxigénio suficiente para regenerar o NADH

Nesta situação, os hidrogénios são cedidos ao acido piruvico para formar o acido láctico

O enzima é a lactico deidrogenase















Nos tecidos sem mitocondrias, como os eritrocitos, o metabolismo do piruvato é sempre anaeróbico.

A acção da láctico deidrogenase é reversível e assim o acido láctico captado por outros tecidos pode ser convertido em piruvico. É .o que se passa no musculo cardíaco e alguns músculos esqueleticos



Fermentação alcoólica


Nas leveduras não há piruvico deidrogenase.

O enzima que actuará sobre o acido piruvico é a piruvico-descarboxilase  que descarboxila o acido piruvico em acetaldeido

O NADH  não regenerado  pelo oxigénio, é transferido para o acetaldeido, formando-se álcool  etílico.

O NADH  não regenerado  pelo oxigénio, é transferido para o acetaldeido, formando-se álcool  etílico.

O enzima é a álcool deidrogenase



.



















Neoglicogenese

.

Na gliconeogenese, a formação da glicose pode começar a partir da carboxilação do acido pirúvico



O NADH  não regenerado  pelo oxigénio, é transferido para o acetaldeido, formando-se álcool  etílico.

O enzima é a álcool deidrogenase



.



















Neoglicogenese

.

Na gliconeogenese, a formação da glicose pode começar a partir da carboxilação do acido pirúvico














Destinos do acido piruvico



Capitulo 5

PRODUÇÃO DE ENERGIA NO MUSCULO



Hidrolise do ATP


A  forma mais fácil e eficaz de o musculo obter energia é a hidrolise do ATP



Resintese do ATP


Quando no decorrer de um esforço muscular prolongado, o ATP terá que ser resintetizado, pois é a única forma de energia utilizada pelo musculo.

Nestas situações, o musculo recorre a uma reserva energética, a fosfocreatina, que tem um fosfato de alto potencial

A creatinafosfocinase hidrolisa a fosfocreatina, libertando o fosfato de alto potencial que irá resintetizar o ATP


Resintese do ATP e da fosfocreatina



Findo o esforço, é necessário refazer as reservas energéticas

É necessário recorrer à glicolise e à fase aeróbia para formar ATP

Como a glicose foi toda gasta, é necessário recorrer

à glicogenolise para obter nova glicose.

Os primeiros ATP formados serão utilizados para regenerar a fosfocreationa








Capitulo 6

PATOLOGIA DA GLICOLISE








Piruvato cinase


Os eritrocitos maduros dependem totalmente da glicolise para formar ATP pois não tendo mitocondrias não há vias aerobicas

Na ausência hereditária de piruvato cinase não se forma ATP

As bombas iónicas ATP dependentes não funcionam

Os eritrocitos deixam de ter uma forma bicôncava que lhes permitia escorregar através dos capilares para fornecer oxigénio aos tecidos

Os eritrocitos tumefazem-se e lisam deixando sair a hemoglobina, havendo uma anemia que por haver hemolise se chama hemolitica


Hiperlactacidemia


A hiperlactacidemia do recemnascido e da criança jovem resulta da falta de oxidação do NADH que acarreta haver menos NAD para transportar hidrogénio

Parte do hidrogénio não transportado combina-se com o acido piruvico para dar acido láctico

Outras causas possíveis são a falta dos enzimas da neoglicogenese ou dos enzimas que metabolizam o acido piruvico








Capitulo 7

GLICOGENESE




Dà-se o nome de glicogénese à formação do glicogénio a partir da glicose.

É um processo que ocorre pràticamente em todos os órgãos e tecidos, mas principalmente no fígado e músculo





 


Principais etapas




Formação de UDP-glicose


Na gliconeogenese, a formação da glicose pode começar a partir da carboxilação do acido pirúvico











<

para fornecer oxigénio aos tecidos

Os eritrocitos tumefazem-se e lisam deixando sair a hemoglobina, havendo uma anemia que por haver hemolise se chama hemolitica


Hiperlactacidemia


A hiperlactacidemia do recemnascido e da criança jovem resulta da falta de oxidação do NADH que acarreta haver menos NAD para transportar hidrogénio

Parte do hidrogénio não transportado combina-se com o acido piruvico para dar acido láctico

Outras causas possíveis são a falta dos enzimas da neoglicogenese ou dos enzimas que metabolizam o acido piruvico

Capitulo 7

GLICOGENESE




Dà-se o nome de glicogénese à formação do glicogénio a partir da glicose.

É um processo que ocorre pràticamente em todos os órgãos e tecidos, mas principalmente no fígado e músculo


 


Principais etapas




Formação de UDP-glicose



Fosforilação da glicose  em glicose-6-fosfato pela acção de uma hexocinase.

Isomerização desta em   glicose-1- fosfato pela fosfoglicomutase  na presença da glicose-1,6-bisfosfato.

A glicose-1- fosfato combina-se com a UDP para dar UDPGlicose (UDPG) pela acção da UDPG pirofosforilase

Este enzima é inibido competitivamente pela galactose-1-fosfato, facto que é responsável pela toxicidade da galactose-1-.fosfato que se acumula na galactosemia







Formação de cadeias lineares



A formação das cadeias lineares faz-se pela acção da glicogénio-sintase na presença de uma matriz de glicogénio.

Este enzima transfere  um  C1 da glicose  UDPG para o C4 de uma glicose terminal, com libertação de UDP produzindo o alargamento das cadeias 1-4

 Esta reacção repete-se as vezes necessárias





Este alongamento das cadeias necessita de uma proteina incluida na molécula do glicogénio, a glicogenina que tem a propriedade de catalisar a sua própria glicosilação ligando o C1 duma UDPG a um resíduo tirosina.






Formas da glicogénio sintase



Existe sob duas formas – forma a activa, não fosforilada e forma b, inactiva, fosforilada


Forma a



A forma a é fosforilada por uma cinase

A cinase tem uma forma inactiva (I ) e uma forma activa (A) .

A forma I é activada pelo AMP cíclico formado a partir do ATP por um sistema em cascata activado pela adrenalina










No músculo existe uma outra cinase dependente do cálcio  e fosfolípidos, activada pelo diacilglicerol. É a proteina cinase C.

No musculo pode ser activada por um factor proteico, na presença de  calcio

Existe uma cinase activada pelo sistema cálcio- calmodulina




Forma b


A  forma b é desfosforilada por uma proteina fosfatase I inibida pelo glicogénio e activada pela insulina e corticosteroides


Regulação das  fosforilases


O AMP libertado pela destruição do ATP durante a contracção muscular activa alostericamente a fosforilase b

Os impulsos nervosos libertam cálcio do retículo sarcoplasmico
Os impulsos nervosos libertam cálcio do retículo sarcoplasmico

O cálcio liga-se à calmodulina, modificador da  cinase

A fosforilato cinase também é activada pela fosforilação da proteína cinase A, permitindo a ligação da adrenalina aos receptores da membrana






Introdução de ramificações



A glicogénio sintase forma apenas cadeias lineares ( ligações 1-4 ).

A formação de  ramificações (ligações 1,4-1,6)  necessita do enzima ramificante ou amilo(1,4-1,6) transglicosidase.

Este enzima  transfere um mínimo de seis glicosilos para um oxidrilo em C6, estabelecendo um ponto de ramificação










A ramificação cresce em seguida por acréscimo de ligações 1-4 até se fazer outra ramificação





Capitulo 9

GLICOGENOLISE


É o processo pelo qual o glicogénio é degradado em glicose

A glicose formada ou é degradada para formar ATP ou entra na circulaçãoPode fazer-se no citoplasma ou nos lisossomas



Glicogenólise no citoplasma





Degradação das cadeias lineares


A degradação das cadeias lineares faz-se pela acção de transglicosidases  geralmente conhecidas por fosforilases.

Estes enzimas cindem o ortofosfato, fixando-se o fosfato na molécula  de glicose que se  irá cindir e o OH na molécula distal, formando-se glicose-1-fosfato e uma molécula de glicogénio com menos uma glicose









Acção sobre as ramificações

.

A reacção vai continuando até surgir a primeira ramificação 1~6 onde irá actuar o enzima desramificante ou amilo-1,6-glicosidase
desramificante ou amilo-1,6-glicosidase















Fosforilase muscular



Estrutura


As fosforilases musculares têm duas formas –  a forma a, activa e a forma  b, inactiva.

A fosforilase a  é constituida por quatro subunidades contendo cada uma uma molécula de fosfato de piridoxal e uma de fosfoserina.

A fosfatase b é dimerica








Conversão da a  em b


A forma a converte-se na b pela desfosforilação das quatro fosfoserinas pela acção da fosfatase da fosforilase, separando-se em dois dímeros

É activada pelo AMP e inibida pela glicose-6-fosfato e pelo ATP



Conversão da b em a


A forma b converte-se em a  pela acção da fosforilase cinase  na presença de ATP e magnésio.

A forma b converte-se em a  pela acção da fosforilase cinase  na presença de ATP e magnésio.

Esta cinase é a mesma que intervem na glicogénese,  e tem o mesmo sistema de activação


Fosforilase hepática



As fosforilases hepáticas são diméricas diferindo apenas na existência de serina ou de fosfoserina.

O sistema é activado pela adenilciclase mas não pelo cálcio.





Formação da  glicose-6- fosfato



Na glicogenolise forma-se glicose-1- fosfato

Como a forma activa da glicose é a glicose-6-fosfato, esta terá que se converter pela acção da fosfoglicomutase










Transformação da glicose-6-fosfato em glicose


É uma hidrólise catalisada pela glicose-6- fosfatase

Passa-se no fígado, rim e intestino, mas não no musculo

O enzima é reprimido pela insulina e induzido pelos glicocorticoides










Glicogenólise nos lisossomas



Nos lisossomas a cisão do glicogénio faz-se por hidrólise e não por fosforólise., pela acção de uma maltase acida

Passa-se no fígado, rim e intestino, mas não no musculo

O enzima é reprimido pela insulina e induzido pelos glicocorticoides





Capitulo 10

Glicogenoses


Devem-se à falta de um enzima  do metabolismo do glicogénio


Number
Enzyme deficiency
Eponym
Symptoms[2]
  • Hypoglycemia
  • Muscle weakness
  • Death by age ~2 years (infantile variant)
  • Hepatomegaly
  • Hypoglycemia
  • Exercise-induced muscle cramps and weakness (sometimes rhabdomyolysis)
  • Haemolytic anaemia
GSD type VIII
(In the past, considered a distinct condition.[3] Now classified with VI.[4] Has been described as X-linked recessive.[5])


-
  • Hepatomegaly
  • Hyperlipidemia
  • Delayed motor development
  • Growth retardation
GSD type X
(In the past, considered a distinct condition.[6][7] Now classified with VI.[4])


Similar to Von Gierke's disease symptoms, e.g. hypoglycaemia
-
  • Fasting hypoglycemia
  • Occasional muscle cramping




Glicogenose tipo 0

Falta a glicogénio sintase
Como não se forma glicogénio, não haverá glicogenolise e por esta razão os  doentes não mantêm a glicose em jejum.

Estão indicadas refeições frequentes ricas em proteínas e à noite suplementos de anido de milho cru


Glicogenose tipo Ia ou doença de von Gierke


Deve-se à falta de glicose 6 fosfatase

A glicose-6-fosfato acumulada inibe a fosforilase e activa a sintase

O glicogénio acumula-se no fígado e no rim provocando hepatomegalia e insuficiência renal.

Os sintomas surgem nos primeiros anos de vida com hepatomegalia, hipoglicemia e acidose láctica

O tratamento visa essencialmente a manutenção da glicemia pela infusão nasogastrica de glicose ou administração oral de milho cru


Revisões de conjunto







Glicogenose tipo II ou doença de Pompe


Falta a maltase acida

Acumula-se glicogénio nos lisosomas

Há hipoglicemia  devido à cisão deficiente do glicogénio

Afecta gravemente os músculos



Glicogenose tipo III, doença de Forbes ou doença dos Cori


Falta o enzima  desramificante, formando-se um glicogénio anormal com muitas cadeias 1-6

Pode observar-se uma miopatia progressiva


Glicogenose tipo IV ou doença de Andersen


Falta o enzima desramificante

Acumula-se um glicogénio com poucas  ramificações

O glicogénio pode comportar-se no fígado como um corpo estranho, desencadeando uma reacção auto-imune

Leva a uma cirrose progressiva, insuficiência hepática e morte

Há uma forma neuromuscular




Glicogenose tipo V ou doença de Mc Ardle


Falta a fosforilase muscular

Diminui  a glicogenolise, acarretando menor produção de ATP que se reflectirá no exercício físico











Glicogenose tipo VI ou doença de Hers
Falta a fosforilase hepática
Os principais sinais são hepatomegalia, hipoglicemia ligeira e acidose
Melhora com a idade
Glicogenose tipo VII ou doença de Tarui
Falta a fosfofrutocinase
A glicose-6-fosfato acumulada estimula a síntese da UDP-glicose fosforilase, acumulando-se glicogénio no musculo
Glicogenose tipo VIII
Falta a cinase da fosforilase
Acumula-se glicogénio normal
Capitulo 11
NEOGLICOGENESE
Na ausência de glicose, a manutenção da glicémia faz-se a partir de precursores não glucídicos.
Este mecanismo de homeostase é indispensável pois o sistema nervoso central dos mamíferos utiliza apenas a glicose como fonte de energia.
Define-se neoglicogénese  como a formação de glicose a partir de material não glucídico e do lactato.
Todos os precursores vão ser encaminhados para uma via comum  a partir do piruvato ou do lactato para onde convergem  vias especiais  indo dos precursores ao piruvato0
Denominam-se sítios de neoglicogénese aos orgãos onde se realiza a via final. São eles o fígado e o rim e em menor extensão as células epiteliais do intestino delgado.
A capacidade neoglicogenica destes órgãos contrasta com a sua fraca capacidade glicolítica
O consumo energético da neoglicogénese é elevado – a conversão de dois moles de piruvato em glicose exige 4 ATP, 2 GTP e 2 NADH.

Vias especiais

Amino-ácidos

Faz-se a partir dos aminoácidos glicoformadores que por desaminação ou transaminação originam ácido pirúvico,  a-cetoglutárico, oxaloacético ou acetil-coenzima A
Estes aminoácidos são:
Originando alfa-cetoglutarico
  • Acido glutamico
  • Histidina
  • Hidroxiprolina
  • Arginina
Originando acido oxaloacetico
  • Acido aspártico
Originando acido piruvico
  • Alanina
  • Serina
  • Glicocola(via serina)
  • Treonina (via glicocola)
  • Serina
  • Cisteina


Originando succinil-CoA(via propionil-CoA)

  • Treonina
  • Valina
  • Isoleucina



Lípidos


Acidos gordos com um numero par de carbonos


Por beta-oxidação formam acetil-CoA

Alem disso altos níveis de acetil CoA activam a piruvico carboxilase e inibem a piruvico deidrogenase



Ácidos gordos com um numero impar de carbonos


Formam propionil-CoA que por sua vez origina o succinil-CoA





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Via final




A neoglicogénese não é o inverso da glicólise porque nem todas as reacções reversíveis devido a barreiras energéticas.

Os enzimas que funcionam numa só direcção são os enzimas chave( glicolíticos ou glicogénicos).

 Os enzimas que funcionam nas duas direcções são os enzimas bifuncionais.


Enzimas glicoliticos chave


Barreiras energéticas impedem que algumas reacções sejam reversíveis .São as reacções catalisadas por

  • Hexocinases
  • Fosfofrutocinase 1
  • Piruvato cinase


Enzimas glicogenico chave


São enzimas que catalisam as reacções inversas dos enzimas glicogenicos  chave:

¨      Formação do ácido enolpirúvico

¨      Desforilação da fructose –1,6- bisfosfato em frutose-6-fosfato

¨      Passagem de glicose-6- fosfato a glicose


Formação do ácido fosfoenolpirúvico



Esta reacção faz-se em duas étapas:

¨      Formação do ácido oxaloacético

¨      Descarboxilação fosforilante deste em ácido fosfoenolpirúvico











Formação de ácido oxaloacético



Trata-se da reacção de Wood e Werkman, catalisada pela piruvato carboxilase.

 Necessita de ATP.

Tem a biotina como coenzima.

A fixação da biotina ao enzima é activada pelo acetil-CoA



CO2

ATP


     Acido pirúvico  ---------------  Acido oxaloacetico


Piruvico carboxilase



Descarboxilação fosforilante do ácido oxaloacético



O fosfato de alto potencial necessário para esta reacção vem do GTP

.O enzima que catalisa esta reacção é a fosfoenolpiruvato carboxicinase






































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