sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

LIVROS- Metabolismo dos lipidos II

Capitulo 7

METABOLISMO DOS GLICEROFOSFOLIPIDOS



Sintese




Cefalinas

A  partir da etanolamina

A etanolamina cinase fosforila a etanolamina em etanolamina-fosfato, sua forma activa

Forma-se a CDP-etanolamina por combinação da etanolamina fosfato com a CTP

A reacção é catalisada pela CDP-etanolamina sintetase

A CDP-etanolamina combina-se com um diglicerido para dar a cefalina

O enzima  é a acilglicerol-etanolamina-transferase

A partir da fosfatidilserina

A fosfoetanolamina tambem se pode formar por descarboxilação da fosfatidilserina

Lecitina

Via de recuperação

Utiliza a colina libertada no seu catabolismo. Õs passos para a síntese são os mesmos que os descritos para a fosfatidiletanolamina 

Síntese de novo

Há três metilações da cefalina

Os metilos são cedidos pela S-adenosilmetionina

O enzima é fosfaetanolaminametiltransferase 

Fosfatidilserina

Transferência de um fosfato da cefalina para a serina

O enzima é a diacilgliceroletanolamina fosfotransferase

Fosfatidilinositol
Transferência de um fosfato da cefalina para a serina

O enzima é a diacilgliceroletanolamina fosfotransferase


Fosfatidilinositol


Reacção de um CDP-diglicerido com o mioinositol

O enzima é a fosfatidilinositol sintase

Cinases podem fosforilar o fosfatidilinositol em fosfatidilinositol-4-fosfato e o fosfatidil-inositol-4,5-bisfosfato



Cardiolipinas


Transferência de um diacilglicerol transportado  pelo CDP-diacilglicerol para o fosfatidilglicerol

O enzima é a cardiolipina sintase








Plasmalogenios


Formam-se a partir da fosfohidroxiacetona por uma série complexa de reacções



Catabolismo



Lecitinas e cefalinas


A fosfolipase A1 hidrolisa a ligação ester na posição dando um 2-lisofosfoglicerido

A fosfolipase A2 hidrolisa o ester fosfórico em 2, dando o 1-lisofosfatidilglicerido

A fosfolipase C cinde a ligação ester com a base azotada dando um diglicerido

A fosfolipase D cinde a ligação entre o fosfato e a base dando acido fosfatidico






Fosfoinositidos


Transformam-se em acido glicerofosforico  pela perda sucessiva de fosfatos, ácidos gordos e inositol




Capitulo 8

METABOLISMO DOS ESFINGOLIPIDOS



Reacção de um CDP-diglicerido com o mioinositol

O enzima é a fosfatidilinositol sintase

Cinases podem fosforilar o fosfatidilinositol em fosfatidilinositol-4-fosfato e o fosfatidil-inositol-4,5-bisfosfato



Cardiolipinas


Transferência de um diacilglicerol transportado  pelo CDP-diacilglicerol para o fosfatidilglicerol

O enzima é a cardiolipina sintase



Plasmalogenios


Formam-se a partir da fosfohidroxiacetona por uma série complexa de reacções


Catabolismo



Lecitinas e cefalinas


A fosfolipase A1 hidrolisa a ligação ester na posição dando um 2-lisofosfoglicerido

A fosfolipase A2 hidrolisa o ester fosfórico em 2, dando o 1-lisofosfatidilglicerido

A fosfolipase C cinde a ligação ester com a base azotada dando um diglicerido

A fosfolipase D cinde a ligação entre o fosfato e a base dando acido fosfatidico









Fosfoinositidos


Transformam-se em acido glicerofosforico  pela perda sucessiva de fosfatos, ácidos gordos e inositol









Glicolipidos


As glicosiltransferase introduzem glicose ou galactose sob a forma de UDPG ou UDPGal










Síntese


Esfingomielinas

Formação de uma cereramida

No retículo a serina condensa-se com o palmitil-CoA para dar a 3-cetoesfinganina ou 3 –ceto-dihidroesfingosina

.O enzima  é a 3-cetoesfinganina sintase

Tem o fosfato de piridoxal como coenzima

A  cetoesfinganina é reduzida pelo NADPH em esfinganina ou 3-cetoesfingosina

O enzima é a 3-cetoesfinganina redutase

A esfinganina redutase reduz a esfinganina em esfingosina

A esfingosina é em seguida acilada para formar uma ceramida

A ceramida combina-se com a fosfatidilcolina ou a CDP-colina







Glicolipidos


As glicosiltransferase introduzem glicose ou galactose sob a forma de UDPG ou UDPGal





Sulfatidos
Nos sulfatidos o radical sulfato combina-se sob a sua forma activa, 3-fosfoadenina-5-fosfosulfato(PAPS)
O PAPS forma-se pela combinação do sulfato com um ATP, sendo a energia fornecida por outro AT
Um galactoctocerebrosido ao combinar-se com o PAPS forma um sulfatido
Gangliosidos
A ceramida  sofre acréscimos sucessivos de vários glucidos


Catabolismo
Esfingomielinas
A  esfingomielinase cinde-as em ceramida e fosforilcolina
A ceramidase origina a esfingosina
Cerebrosidos e gangliosidos
São hidrolisados por glicosidases
Quando têm mais de uma ose, a hidrolise é sequencial 
Sulfatidos
O sulfato é separado por uma arilsulfatase

CAPITULO 9


LIPIDOSES


São doenças devidas a erros do catabolismo dos esfingolipidos



Gangliosidose GM1


Causas

Actividade deficiente da beta-galactosidase

Acumulação de GM1 nos lisossomas das células cerebrais

Acumulação de queratana-sulfato no fígado

Sintomas

Tipo I

O tipo I aparece em crianças

No fim do primeiro ano de vida, a maioria dos doentes está cega e surda com rigidez descerebrada

A morte surge aos 3-4 anos

Tipo II

O tipo II é de inicio juvenil

Os doentes têm sintomas neurológicos graves

A deterioração é lenta

A morte surge aos 30-40 anos

Tratamento

Não há tratamento especifico


Gangliosidose GM2 ( Doença de Sandhoff)


Causas

Deficiência da actividade da beta-hexosaminidase com acumulação do GM2 no sistema nervoso central

As doenças  de Sandhof e Tay-Sachs devem-se a mutações diferentes deste enzima

Sintomas

As manifestações neurológicas são gravíssimas

Na forma infantil a morte ocorre aos 4-5 anos

Tratamento

Não existe


Doença de Gaucher



Causas

Actividade deficiente da beta-glicosidase acida

Acumula-se glicosilceramida nas células do sistema retículo endotelial-< células de Gaucher

Sintomas

Tipo I

Predomina nos judeus Ashekenazi

As células de Gaucher acumulam-se na medula óssea e baço causando problemas ortopédicos, como dores ósseas e articulares, esplenomegalia e problemas hematológicos como trombocitopenia 

A trombocitopenia pode causar hemorragias como epistaxis e equimoses

Tipo II

A glicoceramida acumula-se no cérebro

Caracteriza-se por uma degenerescencia neuroló
A glicoceramida acumula-se no cérebro

Caracteriza-se por uma degenerescencia neurológica rápida, levando à morte nos dois primeiros anos de vida

Tipo  III

Predomina na Suécia

O compromisso neurológico é menos grave que no tipo 3

Tratamento

Abriram-se outras expectativas com a comercialização da terapia de reposição enzimática com beta-glicosidase  acida recombinante que retarda ou reverte a evolução de muitos sintomas



Doença de Nieman-Pick



Causas

Nos tipos A e B  falta a esfingomielinase, com a consequente acumulação de esfingomielina

No tipo C houve mutação duma proteína ligada ao tráfego do colesterol causando acumulação de colesterol e esfingomielina

Sintomas

Tipo A

Começa nos primeiros meses de vida

Alterações neurológicas progressivas

Hepatoesplenomegalia

Morte aos 2-3 anos

Tipo B

Aparece em crianças

Alargamento progressivo dos órgãos

Crescimento fraco

Infecções broncopulmonares frequentes

Não há envolvimento neurológico

Muitos sobrevivem

Tipo C

Após os dois anos, envolvimento do sistema nervoso

Morte entre os 5 e 15 anos

Tratamento

Não existe

Estão a decorrer investigações sobre substituição enzimática e terapia genetica



Doença de Fabry


Causas

Actividade deficiente da a-galactosidase

Acumulação de glicoesfingolipidos, nomeadamente globotrisialoceramidas cãs células

Esta acumulação de glicoesfingolipidos provoca tumefacção e proliferação das células endoteliais com alteração dofluxo sanguíneo no cérebro e vasos periféricos

Sintomas

Angioqueratomas

Crises agudas de dor

Acidentes vasculares cerebrais e infartos cerebrais

Insuficiência renal e cardiaca

Morte

Tratamento

Tratamento sintomático

Transplante renal e hemodiálise

Actualmente a comercialização da a-galactosidadse recombinante abriu outras perspectivas




Leucodistrofia metacromatica



Causas

Deficiência  da arilsulfatase, que hidrolisam os sulfatidos

Os sulfatidos acumulam-se na substancia branmca
Sintomas
Atrofia muscular gradual
Atrofia óptica
Quadriparesia
Morte na primeira década
Existem formas juvenil e adulta
Tratamento
Não existe

CAPITULO 10

METABOLISMO DO COLESTEROL













Cataboli
Hidrolise


Os esteres do colesterol para serem absorvidos têm de ser hidrolisados em colesterol  e acidos gordos.

 A absorção é auxiliada pelos produtos da hidrolise de outros lipidos como os monogliceridos e ácidos gordos e pelos fosfolipidos e sais biliares.

A hidrolise dos esteres do colesterol é feita pelas colesterol esterases hepática e intestinal 












Na mucosa intestinal a maior parte do colesterol é reesterificada de novo pela sintetase dos esteres do colesterol
A síntese não necessita nem de ATP nem de CoA




O colesterol reesterificado é incorporado nos quilomicra e passa para a linfa, sendo em grande parte reabsorvidos pelo fígado
Aí são hidrolisados por uma colesterol-esterase
Também podem ser resintetizados por uma acil-Coa-colesterol-transferase que necessita de CoA
O colesterol reesterificado é incorporado nos quilomicra e passa para a linfa, sendo em grande parte reabsorvidos pelo fígado

Aí são hidrolisados por uma colesterol-esterase

Também podem ser resintetizados por uma acil-Coa-colesterol-transferase que necessita de CoA



Sintese



Cerca de metade do colesterol do organismo é sintetizada de novo.

10% é sintetizado no figado, 15 % no intestino e o restante noutros tecidos.

A sintese do colesterol efectua-se no citoplasma e  microsomas a partir de uma unidade de dois carbonos, o acetil-CoA.

Principais etapas

¨      Formação de um composto em C6 (acido mevalonico a partir da combinação de três Ac.CoA

¨      Descarboxilação desta unidade numa unidade em C5, o isopentenilpirofosfato

¨      Combinação de seis unidades em C5 para dar o esqualeno

¨      Ciclização do esqualeno em colesterol


Formação de outros compostos

O farnesilpirofosfato é uma placa giratória para a síntese de noutros compostos:

  • ·         Proteínas geranilfosforiladas
  • ·         Ubiquinona
  • ·         Dolicol
  • ·         Proteínas farnesiladas

Regulação

O organismo humano sintetisa 1g/dia de colesterol e consome 0,3.

 O colesterol sintetizado e alimentar é utilizado para a formação  das membranas e sintese de hormonas esteroides e de ácidos biliares, sendo a maior parte do colesterol utilizada para a sintese dos ácidos biliares.
A biosintese do colesterol é controlada essencialmente pela HMG-CoA redutase

Capitulo 11

ACIDOS BILIARES

Os produtos finais da metabolização do colesterol são os ácidos biliares sintetisados no figado, sendo o principal mecanismo de eliminação do colesterol em excesso.
Diferenças com o colesterol
Comparando com o colesterol  os ácidos biliares apresentam as seguintes diferenças

¨      Isomeria  a em C3
¨      Ausencia de dupla ligação
¨      Existencia de oxidrilos
¨      Cadeia lateral mais curta e oxidada

Para a transformação do colesterol em ácidos biliares é portanto preciso:

·         Desaparecimento da dupla ligação
·         Isomerização do oxidrilo
·         Hidroxilações
·         Amputação e oxidação da cadeia lateral

Sintese


Para a sintese dos ácidos biliares o colesterol tem que sofrer as seguintes alterações


¨      Desaparecinento da dupla ligação

¨      Isomerização em C3

¨      Hidroxilação em 7 e 12 para o ácido cólico e em 7 para o quenocolico

¨      Cadeia lateral mais curta e amputada



Síntese dos ácidos biliares primários


O colesterol é inicialmente  hidroxilado em 7a-hidroxicolesterol

Esta reacção é catalisada pela 7 – a – hidroxilase, enzima requerendo oxigénio, NADPH e citocromo P-450

Seguem-se hidroxilações catalisadas  por monoxigenases

Forma-se colil-CoA acrescentando um  OH no C12

Forma-se  o desoxi-colil-CoA por uma 27-hidroxilação

Estas duas reacções necessitam de oxigenio, NADPH e CoA


Síntese dos ácidos biliares secundários

A remoção do oxidrilo em 7 pelas bacterias intestinais transforma o quenocolico em litocolico e o colico em desoxicolico

Conjugação dos ácidos biliares

Os ácidos biliares aparecem na bilis conjugados com a glicocola ou a taurina.

Para a conjugação combinam-se inicialmente com o CoA  e necessitam de ATP

Tambem se podem conjugar com  sulfatos



Circulação enterohepatica


A produção de ácidos biliares pelo figado é insuficiente para preencher as necessidades do organismo.

Para assegurar um fornecimento adequado, os ácidos biliares são reabsorvidos depois de desconjugados voltando para o figado pela veia porta – é a circulação enterohepatica.

Por este processo um pequeno pool de ácidos biliares (3-5 g) é reciclado 6 a 10 vezes com um rendimento  próximo dos 100%




Regulação da sintese

O enzima chave é a  colesterol 7-a-hidroxilase.

A sua actividade é aumentada pelo colesterol e diminuida pelos sais biliares,

A circulação enterohepatica colabora indirectammente na regulação pois quando funciona os sais biliares que retornam ao figado inibem o enzima, e quando não funciona a ausencia estimula-o



Funções dos ácidos biliares

Representam  o único mecanismo de eliminação do colesterol em excesso

Diminuem a tensão superficial emulsionando os lipidos em gotículas de menor diâmetro, o que aumenta a superfície de acção das lipases

Solubilizam o colesterol na bílis

Facilitam a absorção das vitaminas liposoluveis









  










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